SC Braga apresenta resultado líquido positivo de €17,342 milhões
Números apresentados são referentes ao exercício da última época desportiva. Capitais próprios cresceram mais de 13 vezes o capital social da SAD
O SC Braga apresentou, esta terça-feira, os resultados do relatório e contas referentes à temporada passada, sendo de destacar o resultado líquido de €17,342 milhões de euros, assim como um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de €26,945 milhões.
Com rendimentos globais superiores a €90 milhões, o SC Braga garantiu o montante mais elevado da história no que diz respeito a esta parcela do exercício. Quanto aos rendimentos operacionais foram gerados €55,152 milhões de euros, excluindo operações com direitos de atletas.
Já os rendimentos líquidos obtidos em operações com direitos de atletas ascenderam a €34,882 milhões, essencialmente, resultantes da alienação dos direitos de inscrição desportiva de Álvaro Djaló aos espanhóis do Athletic Bilbao e Al Musrati aos turcos do Besiktas. Refira-se, ainda, que as vendas do Rodrigo Gomes e do Abel Ruiz não entram nestas contas.
Ao invés e sem contar com «operações com direitos de atletas», a despesa ao nível dos gastos operacionais ascendeu a €59,630 milhões, depois dos «crescimentos das rubricas de gastos com pessoal e fornecimentos e serviços externos.» Este valor é justificado pelo reforço da equipa A, bem como pelo pagamento de prémios de performance pela chegada à fase de grupos da Liga dos Campeões e conquista da Taça da Liga, destacando-se, ainda, a entrada em «funcionamento da segunda fase da Cidade Desportiva.»
No comunicado oficial lê-se, ainda que, «pela elevada representatividade na estrutura de custos da Sociedade», as remunerações do pessoal ascenderam a €21,767 milhões, ao que acresceram prémios de desempenho (€5,985 milhões), de assinatura (€3,712 milhões), encargos sobre remunerações (€2,846 milhões), seguros de acidentes de trabalho (€3,149 milhões), entre outros (€1,353 milhões). «Estes valores incluem todos os gastos inerentes aos atletas (masculinos e femininos), treinadores e staff que compõem as equipas da Braga SAD, nomeadamente formação (sub-15, sub-17 e sub-19), equipa sub- 23, equipa B e equipa principal, e demais colaboradores», explica-se.
Ativo e passivo
O Relatório e Contas apresenta, ainda, um crescimento de €49,410 milhões de euros (42%), sendo que o ativo da SAD é agora de €168,033 milhões. Também o passivo do clube minhoto teve acréscimo de €32,067 milhões, justificado pelo investimento em jogadores como Bruma, João Marques, Robson Bambu, Thiago Helguera ou El Ouazzani e também na segunda fase da Cidade Desportiva, num total de €88,028 milhões.
«A Braga SAD concluiu a temporada 2023/2024 com Capitais Próprios positivos de €80,005 milhões, o que corresponde ao montante mais elevado de sempre da Sociedade (mais de 13 vezes o seu capital social), cenário que permite uma autonomia financeira de 48%», destacam os bracarenses.