Rui Borges: «Acima de tudo somos uma equipa feliz a jogar»
Rui Borges (EPA/Estela Silva)

Rui Borges: «Acima de tudo somos uma equipa feliz a jogar»

NACIONAL15.09.202423:46

Treinador dos conquistadores considerou a vitória justa, especialmente pela boa entrada da sua equipa na segunda parte; técnico elogiou a qualidade dos seus jogadores e também os adeptos vimaranenses

Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, era um homem satisfeito no final do encontro e revelou que a diferença esteve na forma como a sua equipa entrou em campo na segunda parte. O técnico mencionou que os seus jogadores compreendem e aceitam a sua mensagem e, por isso, jogam com um sorriso no rosto. Ainda lamentou a lesão de Mikel Villanueva, dedicando o triunfo no dérbi minhoto ao central venezuelano e a Jorge Fernandes, defesa luso, que também se encontra lesionado.

Acredita que os pormenores fizeram a diferença nesta partida?

- É sempre por pormenores. Foi a qualidade dos meus jogadores, do coletivo, claro que depois em alguns momentos o individual sobressai. Mas, foi a capacidade deles de acreditarem na mensagem, a sua qualidade técnica sobressai, acima de tudo somos uma equipa feliz a jogar.

Tem sido uma equipa com bastante volume ofensivo, mas na primeira parte esteve muito equilibrada a nível defensivo. Algum trabalho específico?

- A primeira parte foi equilibrada, o SC Braga nos primeiros 20 minutos teve um pouco mais de bola. Mas, foram duas equipas que se respeitaram imenso, cobrindo os espaços, mas ambas com capacidade de resolver jogos. Até perdemos algumas bolas que não devíamos ter perdido e permitimos que o SC Braga estivesse mais por cima, mas depois fomos equilibrando. Dou tando significado ao momento defensivo, como ao ofensivo. A equipa que estiver mais equilibrada em todos os momentos, incluindo as bolas paradas, que hoje fizemos um golo, consegue ganhar mais vezes. Na segunda parte fomos superiores, entrámos muito bem com bola e a chegar à área adversária. No final estivemos mais cansados, mas não permitimos lances de perigo ao adversário. Nulo ao intervalo justifica-se. A vitória depois acaba por ser justa.

Desde 2017 que não ganhava em Braga, como é que esta vitória num terreno complicado pode ser galvanizadora?

- Os nossos adeptos foram fantásticos mais uma vez, sempre connosco durante 90 minutos, a puxarem pela equipa. Para eles é especial e para mim já se vai tornando, mas é mais uma vitória no nosso caminho. São três pontos, frente a uma boa equipa. Uma caminhada que está a ser boa, mas não vai ser sempre assim e quando estivermos em baixo vou ser o mesmo e estar ao lado dos meus jogadores que não são máquinas. Chegamos ao golo com naturalidade, quando os jogadores são felizes a jogar é meio caminho andado. Daqui para a frente, vamos ter adversários que nos vão complicar mais a vida. Os jogadores não se podem esconder e que esta humildade de falharem várias vezes e voltarem a tentar que continue com eles.

Pode explicar a situação e a saída do Mikel Villanueva?

- Foi por lesão. A vitória é para ele e para o Jorge Fernandes que estava a fazer um início de época fantástico e lesionou-se. Fico triste, porque o Mikel estava bem e por tudo que foi o calvário da época passada. É de uma entrega enorme, é um líder com um olhar concentrado. Ao intervalo custou-me vê-lo triste. Vai cair estes dias e vai levantar-se outra vez. Passou a semana toda a treinar com dores numa costela e disse-me que estava pronto. Mesmo que estivesse a 30 por cento, só por isso ia metê-lo a jogar.

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