Ricardinho segue para nova aventura
Ricardinho pisca o olho a novo clube, que vai revelar em breve (Instagram/Ricardinho)

Ricardinho segue para nova aventura

FUTSAL21.08.202400:21

Ala, de 38 anos, vai jogar numa liga onde nunca esteve. Já jogou nos quatro cantos do Mundo e, sabe A BOLA, o Brasil não é opção a descartar...

Ricardinho, que já foi considerado melhor jogador do mundo de futsal por seis vezes (2010, 2014, 2015, 2015, 2016, 2017 e 2018), foi o convidado de mais um episódio do Ciência e Futebol, podcast do Portugal Football Observatory, da FPF. Aos 38 anos, o ala revelou que, brevemente, vai anunciar o seu novo clube.

Após ter deixado a Letónia, onde representou o Riga FC, o esquerdino prepara-se para nova aventura: «Está tudo no segredo dos deuses [risos]. Não, a sério, está tudo 90% decidido. Vou pôr-me à prova mais uma vez, numa liga onde nunca joguei, para conquistar uma liga que não me lembro se algum português conquistou ainda. Vamos tentar fazer história.»

Fora de Portugal, onde defendeu as cores de Gramidense, Miramar e Benfica, Ricardinho jogou no Japão (Nagoya Oceans), Rússia (CSKA), Espanha (Movistar), França (ACCS Paris), Indonésia (Pendekar United) e, como já referido, Letónia (Riga). A próxima aventura, como o próprio disse, está no segredo dos deuses, mas, A BOLA sabe que o Brasil não é opção a descartar nesta equação.

Com carreira invejável, Ricardinho conta no currículo com todos os troféus possíveis a nível de clubes, ao que se junta um Campeonato da Europa (2018) e um Mundial (2021) pela Seleção Nacional, que abandonou, recorde-se, no final de 2021.

PORTUGAL NOS FAVORITOS

A poucos dias do arranque do Mundial de futsal no Uzbequistão, Ricardinho revelou o seu prognóstico: «Toda a gente fala muito de Espanha, do Brasil, de Portugal, de Marrocos. São os favoritos. Mensagem para a Seleção? Que nos representem como sabem, muito bem, para no fim fazermos todos a festa juntos.»

Instado a revelar o momento que mais o marcou de quinas ao peito, o esquerdino teve dificuldades na resposta: «Acho que é difícil escolher, sinceramente, mas acho que o Europeu na Eslovénia foi algo que nos fez mudar, ou que nos fez acreditar mais. Acho que precisávamos de uma conquista. Acima de tudo, para acreditar realmente que éramos bons. Sabíamos da nossa qualidade, mas tínhamos sempre muitas dúvidas nas partes finais das competições. Esse foi o clique para todos, não só em termos de grupo, mas também individualmente, porque tínhamos aquela dúvida, sempre que apanhávamos a Espanha ou a Rússia, seleções a quem não conseguíamos ganhar, havia ali um bloqueio mental e esse foi um desbloqueio incrível em todos os aspectos. Foi o conseguir ganhar a Espanha, o conseguir ganhar também sem Ricardinho, o conseguir ganhar a uma das melhores seleções do mundo e que as pessoas começassem a olhar para nós, não como a seleção do 'quase', mas cuidado que isto agora pode mudar. E assim foi. Quando fomos para o Mundial, senti isso, que as pessoas olhavam para nós já com aquele temor de 'cuidado, que eles conseguem'.»

Ricardinho

«Conseguimos realmente meter o nome de Portugal no topo do Mundo. E depois, a partir daí, foi mostrar que realmente eu tinha razão. Com a conquista do Europeu na Holanda, depois a finalíssima na Argentina, se não me engano. Foi surreal. É surreal o que esta Seleção está a fazer. Juntou-se um grupo. Foi-se juntando e criando um grupo de trabalho com uma mentalidade muito forte. Cada um sabendo qual a sua tarefa e em que momento tem que ajudar. Ninguém querer ser a estrela cadente. Todos serem estrelas. No céu. Que é muito importante. Porque hoje brilhas tu, amanhã brilho eu e depois pode ser aquele. E todos são importantes. Cada um na sua área e cada um no seu momento. Não havia cá egos. Não havia cá eu sou melhor. E porque não jogo? Não. Era totalmente o contrário. Era quando o jogador ficava de fora. Todos iam abraçá-lo e dar-lhe força para que ele sinta que faz parte. Mesmo estando de fora», acrescentou.