«Quero fazer muitos mais jogos pelo Benfica»
Zé Henrique e Trubin (Foto SL Benfica)

«Quero fazer muitos mais jogos pelo Benfica»

NACIONAL20.08.202419:36

Trubin chegou às 50 partidas de águia ao peito e esteve à conversa com o 'lendário' Zé Gato

Trubin chegou ao jogo 50 pelo Benfica na partida com o Casa Pia (3-0) e José Henrique, que ficou mais conhecido por Zé Gato, entrevistou o ucraniano, de guarda-redes para guarda-redes.

«É um prazer e uma grande honra poder cumprir 50 jogos num clube desta dimensão. Claro que quero jogar muitos mais», explicou Trubin aos meios do Benfica, antes de revelar que a primeira pessoa que conheceu no clube foi «o treinador». «Falei com ele antes da Supertaça», explicou o internacional ucraniano, que considera o Benfica «o melhor clube do mundo».

Zé Henrique falou da altura (1,74 m) — «Se fosse hoje, não podia ser guarda-redes. Nem no Benfica nem em lado nenhum. E eu consegui suplantar isso tudo e ser, durante 11 anos, o guarda-redes titular no Benfica» — e Trubin, um gigante com 1,99 m, acrescentou: «Está sempre nas nossas mãos. Pode ser alto ou baixo, depende da forma como trabalhas, da vontade que tens, por isso acho que a altura não importa muito. Tem uma boa alcunha, ‘Gato’, acho que diz tudo…»

Trubin acrescenta que «Edwin van der Sar e o ucraniano Pyatov» foram referências quando era mais novo e revelou um pouco da sua vida extra-futebol: «Gosto muito de ficar em casa, mas a minha noiva gosta de sair e, por isso, acompanho-a e vamos passear a algum lado. Vivemos perto do mar e eu gosto de caminhar junto ao mar, eventualmente tomar um café. Tento fazer tudo para manter a cabeça fresca para os próximos jogos e treinos.»

O guardião voltou a falar da utilidade de aprender português — «Dentro do campo, nesta época, para mim é mais fácil falar com os jogadores» — e abordou o conflito do seu país: «É duro, muito duro para mim. Quero mesmo lá ir porque tenho saudades da minha casa, da comida ucraniana, dos meus amigos… Mas agora não é o melhor momento. Tenho saudades, mas temos aqui muitos ucranianos e portugueses que são muito amáveis e que nos ajudam em tudo.»

O futebol voltou à mesa. «Às vezes parece que jogamos em casa, mas noutro estádio. Na pré-temporada tivemos jogos fora, noutros países, mas com o estádio cheio de benfiquistas e é uma loucura. Loucura, no bom sentido», conta Trubin, sem se deter: «Gosto dos jogos à noite. Está escuro, e quando as luzes se desligam, e com as luzes vermelhas, é vermelho por todo o lado. E os adeptos a cantar… É uma loucura, é especial!»