«Queremos que os jogadores sejam também treinadores dentro do campo»

Arouca «Queremos que os jogadores sejam também treinadores dentro do campo»

NACIONAL12.08.202315:17

Depois de duas vitórias, sobre o Rio Ave (Taça da Liga) e o Brann (Liga Conferência), Daniel Ramos já aponta ao terceiro triunfo na receção ao Estoril, este domingo (20.30 horas), no Municipal de Arouca, no arranque da Liga. Na antevisão ao jogo, o treinador vincou os aspetos mais relevantes do adversário e da boa entrada dos lobos na nova temporada.

Que perspetivas sobre o duelo com o Estoril:

«Vamos à procura da terceira vitória contra um Estoril, que me parece apresentar bons indicadores e com contratações sonantes. Sei da valia do seu plantel e da sua equipa técnica. Contamos com um adversário difícil e um jogo complicado. Não o digo para agradar, mas porque não esperamos outra coisa.»

Abordagem ao jogo:

«É dentro dos poucos dias de recuperação que encaramos o jogo. A nossa grande preocupação foi analisar o Estoril, pausar do jogo do Brann, trabalhar as nossas ideias de jogo, descansar, recuperar para termos o máximo de jogadores recuperados para domingo.»

Gestão do plantel:

«O acumular de jogos e de minutos provoca desgaste. Contudo, há casos e casos. Temos de olhar para dentro e fazer uma radiografia muito fiel sobre se temos, ou não, os jogadores a cem por cento ou perto disso. Se não estiverem não jogam. Esta é a lógica e os jogadores já sabem como eu irei operar. Por isso, espero sinceridade da parte deles, que me digam como é que estão e em função disso tomarei decisões. Neste momento ainda não sei qual vai ser o onze inicial precisamente por esse motivo. O que sei é que quem for escolhido terá de ir para o jogo com a convicção, também minha, de que está fresco para ir a jogo. Iremos privilegiar a frescura física porque existe valia no plantel para promover a rotatividade e não problema nenhum em fazê-lo.»

Estratégia:

«Isso tem a ver com o sentimento de frescura da equipa. Vou tentar refrescar a equipa se for necessário. A ideia é continuarmos a ser intensos e não modificarmos a nossa forma de jogar. O que falta ainda a esta equipa é gerir melhor os momentos de jogo. É preferível descansar com bola a sem bola. No arranque da época não temos ainda capacidade de pressionar a toda a hora.»

Novos processos de jogo:

«Os jogadores receberam bem a minha ideia de jogo, trabalhamos bem o recrutamento com a direção, em consonância com essa ideia. Temos feito um trabalho árduo, fazendo-o de forma orientada e objetiva. Queremos que os jogadores sejam também treinadores dentro do campo, que corrijam, que incentivem. Quanto mais conforto houver, maior será o retorno para a equipa e para os resultados. Ainda é cedo para dizer que estamos muito bem, mas fico muito agradado por perceber que muito daquilo que treinamos está a acontecer – a imagem de um futebol que procura o golo, que tenta aliar o resultado e o lado exibicional. As jogadas bonitas estão a acontecer e isso é bom sinal.»

A escolha do central Matias Rocha:

«Veio com o meu aval. Não é a quantidade que faz a diferença, é a qualidade dos jogadores. Rendimento e possibilidade de valorização e de retorno possível são critérios que estão sempre nas nossas escolhas.»

Benji Michel (lesionado), Vitinho e Pedro Moreira (em recuperação) estão fora da convocatória para a estreia dos lobos no campeonato, assim como o recém-chegado Matias Rocha.