«Quando chegou a hora dos penáltis desci sozinho ao balneário...»

E. Amadora «Quando chegou a hora dos penáltis desci sozinho ao balneário...»

NACIONAL14.06.202310:32

Chegou, viu, venceu e… convenceu. Aos 40 anos Sérgio Vieira conseguiu a terceira promoção à Liga principal em cinco temporadas. Depois de Famalicão e Farense, chegou a vez de conduzir o Estrela da Amadora à elite. Em entrevista a A BOLA o treinador fala da época difícil, «sobretudo pelas tragédias que foram assolando o plantel», e aponta caminhos para o crescimento do futebol português. E… não garante que continue na Reboleira.
 

Confessou, também, que não viu a marcação de penáltis que acabou por eliminar o Marítimo, depois de ter sido expulso nos minutos finais.

- Como viveu as últimas horas?
- Antes do jogo com o Marítimo estava tranquilo e confiante por conta da boa preparação, com a mensagem a passar, quer no treino, quer socialmente no dia a dia do estágio. Depois, o ambiente do jogo trouxe-me preocupação, porque as coisas não estavam 100 por cento como tínhamos planeado. Não era fácil, com aquele ambiente no caldeirão...

- Denoto frustração... Foi o que levou à sua expulsão aos 87’?
- Houve momentos de frustração, sim. A equipa até estava tranquila, mas depois começaram a surgir situações especiais, do tipo de jogo muito emocional dos dois bancos e, sim, aconteceu comigo aquela situação com o mister José Gomes [Marítimo].

- Quer contar o que aconteceu?
- Havia muito ruído a vir do outro banco… E foi injusto. A haver cartões vermelhos teriam de ser para os dois técnicos. 


- Foi difícil ir para a bancada?
- Foi. Já estava lá quando vi o golo do Marítimo e foi duro. E quando chegou a hora dos penáltis desci sozinho ao balneário e foi entre quatro paredes, sem ruído, que só depois soube o resultado. Foi o José Faria, nosso diretor, que veio dar-me a notícia. Aí foi uma grande alegria, foi correr pelo relvado, ver sorrisos e lágrimas. Foi maravilhoso.
 

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