José Faria: «Não tenho uma fotografia do Amorim no meu quarto, de certeza»
José Faria a dar indicações para os seus jogadores no Sporting-E. Amadora (Foto: D.R.)

Sporting-E. Amadora, 5-1 José Faria: «Não tenho uma fotografia do Amorim no meu quarto, de certeza»

NACIONAL01.11.202423:42

Treinador do Estrela da Amadora revelou que deu os parabéns a Rúben, mas nada mais; demonstrou-se muito insatisfeito pelo resultado, mas não com a exibição dos seus jogadores

O Estrela da Amadora foi goleado pelo Sporting, por 1-5, e José Faria garantiu que não está satisfeito com a partida, apesar da boa entrada e da boa exibição da sua equipa no Estádio José Alvalade, principalmente no primeiro tempo.

«Obviamente que preferia sair daqui com outro resultado. Viemos cá para somar pontos, é isto que nos propomos para cada desafio. Efetivamente, saímos com a sensação de que continuamos a evoluir o nosso processo, que deixámos uma boa imagem, mas derrotas morais não é bem o meu estilo. Não estou satisfeito, gostei de algumas coisas, mas obviamente que não estou satisfeito», começou por dizer, em conferência de imprensa, antes de comentar o lance do primeiro golo.

«Se olharmos para a história do jogo, entrámos bem, personalizados, a pressionar o Sporting em campo inteiro. Entrámos muitas vezes na área adversária, com alguns lances duvidosos, lembro-me do Nilton, penso que o primeiro golo do Sporting cai do céu. É uma assistência do Ferro, num lance em que está perfeitamente controlado. Obviamente que o Gyokeres é um grande jogador, mas não é dois, e fica tudo mais fácil quando faz uma tabela com o adversário que o isola... e depois toda a sua qualidade vem ao de cima», explicou, mencionando também o falhanço de Danilo Veiga, logo após o primeiro tento do sueco.

«Encontrámo-nos em desvantagem, vamos atrás e temos uma oportunidade claríssima do Danilo, que acho que ali o difícil é falhar, já dentro da pequena área com a baliza completamente aberta. Em desvantagem ao intervalo, dei os parabéns aos jogadores, porque estávamos com personalidade. Tinha dito em jeito de brincadeira que não trazíamos autocarros, não trazíamos em aviões... não foi provocação, foi aquilo em que acreditamos. Não faz sentido para mim ser de outra maneira. Chegamos aqui contra uma grande equipa, invicta, com esta personalidade… traz-nos coisas boas, tiramos boas ilações, mas é só isso. É continuar a trabalhar, para mim a história do jogo acaba quando o Sporting faz o quarto golo», disse, elogiando ainda o seu adversário desta sexta-feira e… Rúben Amorim, que está de saída para o Manchester United.

«Fomos vítimas de grandes jogadores que o Sporting tem, de uma equipa muito bem trabalhada, o melhor Sporting dos últimos anos, sem sobra de dúvidas, e talvez das melhores equipas portuguesas a jogar nos últimos anos também. Dei os parabéns ao Rúben Amorim, obviamente, não há nada que eu lhe gostaria de ter dito, porque é apenas e só mais um colega de trabalho, colega bem-sucedido, um treinador de topo, como eu disse, mas não tenho uma fotografia dele no meu quarto, de certeza absoluta», brincou com a situação, o técnico de 38 anos, falando sobre Nani, de regresso a Alvalade, e Jovane, outro ex-leão.

«O Nani entrou numa fase de jogo em que perdemos o nosso central, mas sabemos que é um jogador que é talhado para grandes jogos. Passámos o Jovane para o corredor direito, o Danilo, que era lateral, para jogar na linha de três para continuar a dar caudal ofensivo, o Jovane como lateral, o André Luís também na frente, o Nani para ter mais bola e para nos dar superioridade no meio. Foi o primeiro jogo em que Jovane faz 90 minutos, depois de muito tempo sem jogar com este volume de jogo, é um miúdo que está a precisar de carinho, confiança, ainda é muito novo e tem muito potencial. E nós acreditamos que quando essa confiança vier, vai poder voltar a ser o Jovane que tantas alegrias já deu ao futebol português e ao Sporting, em especial», finalizou.