Farense 2-0 Boavista Quando a pantera acordou, já os leões tinham fugido

Farense chegou com facilidade a uma vantagem de dois golos; axadrezados só reagiram na última meia-hora

Dez jogos depois, o Farense regressou às vitórias e de forma justa, perante um adversário direto na luta pela permanência. Os leões de Faro foram lestos a ganhar vantagem, que se revelou determinante quando a pantera, tardiamente, acordou.

Com uma entrada forte, o Farense dinamitou o último reduto dos axadrezados com investidas pelos flancos e teve dois golos anulados antes marcar o primeiro que valeu. Bruno Duarte ganhou no meio-campo a Chidozie e cruzou para a finalização de Belloumi, mas o árbitro anulou o lance por indicação do VAR devido a mão do avançado no início da jogada. De seguida novo golo que não contou, porque Talys estava em fora de jogo antes de cruzar para o desvio de Pastor. À terceira foi de vez e na sequência de um canto, Cláudio Falcão acertou no alvo com um desvio de cabeça, materializando o grande domínio dos algarvios que, com justiça, teve mais expressão no 2-0 obtido por Bruno Duarte, depois de um bailinho de Belloumi sobre Chidozie.

Ricardo Paiva não estava a gostar do rumo e trocou três unidades para a 2.ª parte. No entanto, nos primeiros quinze minutos a história manteve-se e João Gonçalves, por quatro vezes, evitou que o resultado se avolumasse e manteve a sua equipa viva para a meia-hora final, quando a pantera se soltou e ameaçou a baliza algarvia. Só que lá, mora um Velho cada vez mais seguro e que foi um autêntico muro, evitando, com defesas de grande qualidade e enorme grau de dificuldade, que os boavisteiros marcassem e entrassem na discussão do resultado. O que seria injusto, mesmo com o recuo dos algarvios em segurar os três pontos que permitiram respirar melhor e ultrapassar os boavisteiros na classificação. Até porque, com o adiantamento do Boavista, o Farense dispôs de duas boas oportunidades nos descontos, para engordar o marcador.