ANTEVISÃO PSV- Sporting: Alguém vai ter de ceder...

Duas equipas com um arranque muito semelhante em 2024/2025; Dominam na liga interna, com um ataque demolidor, os mesmos golos, muitos elogios e dois treinadores em busca de uma afirmação europeia das equipas. Muitos pontos em comum, mas alguma vai ter de ceder...

De exigência máxima. O Sporting terá esta terça-feira um dos testes mais intensos nesta temporada. Depois de um percurso perfeito na Liga (oito jogos, oito vitórias), uma entrada com o pé direito na Liga dos Campeões (vitória sobre o Lille, por 2-0), eis que na ementa de um leão demolidor surge o PSV. Adversário em que o grau de dificuldade volta a subir (não é por acaso que se vão encontrar duas equipas que só somam vitórias nas provas internas) e duas equipas muito ofensivas, que, curiosamente somam mesmo número de golos nos respetivos campeonatos: 25.

O que joga, então, a favor dos leões? Desde logo a consistência. Assente numa dinâmica muito enraizada em Alvalade. Também a inspiração de Gyokeres, um dos jogadores em maior foco no plano europeu neste arranque de época. Mas também a (boa) tradição dos leões diante de adversários neerlandeses. São 20 os jogos que o Sporting fez contra equipas deste país e o saldo é positivo: 12 vitórias, três empates e cinco derrotas. É verdade que a memória mais recente foi pesada (dois desaires contra o Ajax, 1-5 e 2-4 em 2021/2022, para a Champions), mas na última vez que esgrimiu forças com o PSV (2019/2020), o Sporting venceu em casa, por 4-0 (golos de Bruno Fernandes, 2, Mathieu e Luiz Phellype).

Bruno Fernandes foi a principal figura na última vitória dos leões sobre o PSV (SÉRGIO MIGUEL SANTOS)

Agora, com novos protagonistas, uma nova era em Alvalade reforçada e alicerçada  desde a entrada de Rúben Amorim no comando técnico, o Sporting surge nesta fase inicial da temporada, como o próprio treinador já afirmou, com o «melhor Sporting» desde a sua chegada. Vamos, então, à análise destas duas equipas.

PSV

Sistema (4x3x3)

Onze provável
Walter Benitez; Mauro Júnior, Ryan Flamingo, Olivier Boscagli e Matteo Dams; Guus Til, Jerdy Schouten e Saibari; Johan Bakayoko, Luuk de Jong e Malik Tilman

Lesionados
Hirving Lozano, Joey Veerman e Fredrik Oppegard

Treinador
Peter Bosz

SPORTING

No Sporting respira-se confiança. Ao ciclo invencível na Liga juntou-se uma entrada com o pé direito na Liga dos Campeões, em casa, diante do Lille (2-0) ao contrário do PSV que, recorde-se, perdeu em Itália diante da Juventus (1-3).

Rúben Amorim perdeu Matheus Reis (titular nas últimas duas jornadas) por lesão, mas tem Gonçalo Inácio de regresso. O capitão dos leões vai regressar a um onze onde são esperadas algumas novidades. Não na baliza, a qual deverá voltar a ser defendida por Franco Israel, não no trio de defesas (com Debast, Diomande e Inácio seguros), mas na sua linha intermédia. Quenda deverá voltar ao corredor direito e Nuno Santos irá manter-se no flanco oposto. No miolo será Hjulmand e Morita na casa das máquinas do leão.

Já o trio ofensivo, com o inevitável Gyokeres e o fantasista Trincão a terem um lugar confirmado, resta saber a quem pertencerá a outra vaga. Não há Marcus Edwards nem Pedro Gonçalves e Harder e Maxi Araújo, dupla de reforços, espreitam a vaga. Ainda assim, ao que tudo indica, o dono do lugar pertencerá a… Trincão que passará da direita para a esquerda do ataque abrindo espaço a Geny Catamo no corredor mais ofensivo. Um onze com algumas mexidas mas que, ainda assim, não vão retirar dinâmica à máquina oleada do leão.

Sistema (3x4x3)

Onze provável
Franco Israel; Debast, Diomande e Gonçalo Inácio; Quenda, Hjulmand, Morita e Nuno Santos; Geny Catamo, Gyokeres e Trincão

Lesionados
Pedro Gonçalves, Marcus Edwards e Matheus Reis

Treinador
Rúben Amorim