Sporting: «Ser capitão aqui é especial, tem um peso diferente», confessa Daniel Bragança

A braçadeira no braço esquerdo, o jogo com o PSV, a Seleção Nacional e recorde que pode bater, tudo o que disse o médio leonino

EINDHOVEN – O Sporting escolheu um dos capitães de equipa para ser porta-voz nos Países Baixos, onde esta terça-feira os leões se estreiam fora na presente edição da Liga dos Campeões – na primeira jornada, em Alvalade, venceram os franceses do Lille por 2-0.

E Daniel Bragança foi questionado sobre isso mesmo, sobre ser agora um dos capitães dos leões, depois de a equipa ter perdido referências como Coates, Neto, Adán e Paulinho. «Sim, é verdade, o grupo perdeu peças muito importantes, de quem tenho saudades de conviver. Mas faz parte da vida, do futebol, uns saem e outros entram… é o que é. Nós habituámo-nos da melhor forma a outros jogadores, fizemos boas contratações, o grupo está bem… também é mais fácil gerir um grupo quando se vence e o ambiente é muito melhor quando vencemos e temos conseguido fazê-lo. E os jogadores que vieram adaptaram-se superbem. A equipa está montada, o estilo de jogo está muito bem montado e por isso é sempre mais fácil integrar», começou por dizer o médio e acrescentou sobre a nova responsabilidade: «Sim, é um orgulho e responsabilidade acrescida. Já tinha sido capitão na formação mas aqui tem um peso diferente, é especial mas com a mesma sensação que já tive.»

Sobre o jogo deste terça-feira, a garantia de que «a equipa está confiante». «Mas acredito que a deles também. Têm sete vitórias no campeonato, como nós… Perderam na Champions e acredito que por isso estejam alerta, como nós estamos. O detalhe vai fazer a diferença e nós estamos preparados», garantiu e logo falou sobre possível titularidade. «Vão ver amanhã, preparados estamos todos. Jogando um ou outro a equipa funciona e joga bem», disse o médio do Sporting.

O PSV entrou a perder na Champions, em Turim com a Juventus. Estará mais pressionado? «Não acredito que estejamos mais à-vontade do que eles, porque temos de estar alerta. O PSV vai ter isso em mente, porque perdeu o primeiro jogo, tem zero pontos e nós três, faz diferença. Mas mesmo se eles tivessem ganho as duas equipas ia querer ganhar na mesma, não faz assim tanta diferença», assegurou Daniel Bragança.

O camisola 23 dos verdes e brancos foi também questionado sobre o facto de poder, a este ritmo, bater recorde de golos e assistências. «Para ser sincero não olho muito para isso. É mais fácil ter números quando a equipa joga bem e chega muitas vezes à área adversária. Podemos melhorar as nossas estatísticas porque vencemos, marcamos muitos golos, temos um caudal ofensivo bastante grande e isso ajuda e torna mais fácil os jogadores terem mais números. Mas o importante é continuar assim, se a equipa está bem os jogadores vão sobressair», apontou.

Há duas épocas, o Sporting estava também na Champions, mas nessa altura Daniel Bragança estava lesionado, uma lesão num joelho que o afastou dos relvados durante um ano. Agora está de volta ao palco maior. «É um prazer, este palco é de sonho para qualquer jogador, todos ambicionam jogar nesta competição. Para mim não é diferente, é aproveitar estes ambientes e jogos e tirar partido», confessou.

E será que essas noites europeias, se bem conseguidas, ajudam a chegar à Seleção Nacional? «Isso é uma boa pergunta», começou por responder o médio, até um pouco… encabulado: «Talvez. Acredito que sejam todos os jogos. Claro que a Champions é um patamar superior mas não sei bem responder a essa pergunta. Todos os jogos fazem a diferença na evolução de um jogador… Por isso talvez sim, talvez não», concluiu o leão de 25 anos.