Presidente do Farense descreve «emboscada» a adeptos em Vila Verde

Presidente dos algarvios pronunciou-se sobre as agressões de que os adeptos do Farense foram alvo depois do final do jogo da Taça de Portugal, frente ao Vilaverdense.

Depois de ter denunciado, no domingo à noite, as «bárbaras agressões» de alguns adeptos que foram apoiar a equipa no jogo com o Vilaverdense, na noite desta segunda-feira o Farense voltou a pronunciar-se sobre esse incidente, pela voz do seu presidente, João Rodrigues, que revelou que o clube algarvio se constituiu como assistente do processo crime.

«Ontem foi um dia mau para o Farense, para o futebol e para o desporto, devido aos incidentes graves e selvagens que aconteceram num jogo em que a convivência sã entre duas instituições que se respeitaram totalmente, tanto os adeptos e ambas as equipas, que socializaram antes, durante e depois do jogo, assim como as direções de ambos os clubes. Eu sentei-me, como é normal e como muitas vezes faço, ao lado do presidente do Vilaverdense, assim como da presidente da Câmara de Vila Verde, num jogo que foi totalmente de confraternização admirável, como os jogos da Taça são, e que decorreu com toda a normalidade. Após o jogo fui para a zona dos balneários e no caminho fui conversando amenamente com os adeptos do Vilaverdense. Poucos minutos depois vimos, do lado oposto do estádio, movimentações anormais dos bombeiros e os soldados da GNR a correrem apressadamente na mesma direção. Apressámos a ir ver o que se passava, já que os nossos adeptos estavam para sair por essa porta, incluindo muitas crianças, mulheres e pessoas mais idosas e quando chegámos constatámos que tinham sido emboscados e agredidos vários adeptos do Farense, e dois precisaram de ser tratados no hospital», começou por descrever os acontecimentos.

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«Rapidamente aferimos que tinham sido vítimas de um ataque selvagem e cobarde por uns trinta elementos encapuçados que planearam a emboscada. Nessa altura recomendámos calma a todos, e especialmente aos mais idosos, mulheres e crianças que estavam naturalmente nervosos e estupefactos com tão inexplicável e selvagem ato. Demos todo o apoio necessário aos adeptos, tendo o nosso médico e os fisioterapeutas prestado assistência aos que necessitavam. Fizemos ver ao comandante da GNR a gravidade da situação, e que nos iríamos constituir como assistentes do processo crime», garantiu João Rodrigues.

O presidente dos ‘leões de Faro’ ilibou ainda o Vilaverdense do sucedido e apelou também à calma aos seus adeptos. «O Farense faz imensas viagens e muitas delas ao Minho, que é uma região onde sempre fomos muito bem recebidos. Aliás, tenho especial carinho e respeito por esta região, que é uma referência positiva para outras em Portugal, pela sua capacidade de ter criado um núcleo desportivo de vários clubes que compete fortemente com Porto e Lisboa. O Vilaverdense merece todo o nosso apreço e agradecimento pelo apoio que nos prestou. Não confundimos os selvagens que cometeram estas agressões com as gentes boas do Minho. Falei com todas as autoridades, apelando a que este crime seja urgentemente e rapidamente investigado, e que os culpados sejam exemplarmente punidos. É muito importante que as autoridades estejam atentas, porque já no próximo fim de semana iremos jogar novamente numa zona perto do local onde este ataque aconteceu», pediu. 

«O Farense tem excelente relacionamento com todos os clubes e assim vai continuar, porque não será por uns elementos que nada têm que ver com o desporto, que nos vão fazer mudar. Também não nos vão intimidar, vamos ficar ainda mais unidos no objetivo de se unir o Sporting Clube Farense. É importante que esta triste situação não se repita. E apelamos a que todos os adeptos do nosso grande clube, mantenham a calma e serenidade e não reagir a qualquer tipo de provocação, que possa vir a ocorrer. Tendo confiança plena que as autoridades competentes evitarão ocorrências semelhantes no futuro», disse ainda.

Já nesta segunda-feira, o Länk Vilaverdense reagiu com um comunicado, lamentando que «desavenças entre apoiantes de clubes da Primeira Liga, às quais o nosso clube é totalmente alheio, tenham sido trazidas para Vila Verde».

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