Arsenalistas conseguiram terminar um jogo sem sofrer golos quase um mês depois. À 9.ª jornada, este é o melhor registo defensivo do clube em cinco épocas. Moral em curva ascendente para (novo) dérbi minhoto
A 29 de setembro, faz amanhã, precisamente, um mês, o SC Braga tinha goleado o Rio Ave (4-0), em partida da 7.ª jornada da Liga. Daí para cá, não mais as redes arsenalistas tinham tido descanso… até ontem.
Nesse período, o conjunto orientado por Carlos Carvalhal sofreu oito golos em quatro jogos – Olympiakos (0-3), para a Liga Europa, FC Porto (1-2), para a Liga, 1º Dezembro (2-1), para a Taça de Portugal, e Bodo/Glimt (1-2), para a Liga Europa. Foi uma fase menos boa que, a julgar pela amostra da receção ao Farense (2-0), parece já ter ficado para trás.
Isto porque, além de voltar às vitórias, o SC Braga voltou a manter a sua baliza inviolável. Com um processo defensivo bem mais eficaz do que aquele que tinham vindo a evidenciar, os bracarenses puderam, enfim, explanar todo o seu futebol e, com maior incidência nas ações ofensivas, acercarem-se da baliza de Ricardo Velho para chegarem ao tão desejado triunfo. Conseguiram-no graças à eficácia de Ismael Gharbi e Amine El Ouazzani e, dessa forma, somaram três importantes pontos que lhes permitiram ficar isolados no 5.º lugar – com a ajuda do Vitória de Guimarães, que deixou na Amadora os dois pontos que os separa agora do SC Braga.
Minhotos reencontram-se com a vitória e superam os algarvios. Num jogo dominado pela equipa da casa, Gharbi e El Ouazzani foram os autores dos golos que garantiram os três pontos e a confiança para a equipa de Carvalhal
Alargando a análise dos arsenalistas a épocas anteriores – com a comparação direta à 9.ª jornada da Liga, tal e qual o momento atual -, constatamos que o registo defensivo da equipa minhota é o melhor das últimas cinco temporadas. A formação orientada por Carlos Carvalhal tem 6 golos sofridos – é a quarta defesa menos batida, apenas atrás de Sporting, FC Porto e Benfica – e neste capítulo está (muito) melhor do que nos últimos quatro anos: 17 em 2023/2024, 10 em 2022/2023, 8 em 2021/2022 e 9 em 2020/2021.
São, pois, dados positivos e que deixam antever o início mais uma curva ascendente. Algo que também é bastante desejado – não só por toda a estrutura, como também pelos exigentes adeptos. Afinal, todos os jogos são importantes, mas o próximo (e não apenas por ser o próximo) envolve ainda mais paixão. Porque o oponente que se segue é o Vitória de Guimarães, num encontro dos quartos de final da Taça da Liga e que está agendado para as 18.45 horas de quinta-feira. É um dérbi (e ainda para mais a eliminar…) e a Pedreira quer voltar a vibrar com um triunfo frente ao eterno rival. Até para vingar o desaire (0-2) da 5.ª ronda do campeonato…
Paulo Oliveira em boa altura
Pode ter sido apenas mera coincidência, mas não deixa de ser uma nota digna de registo. O regresso do SC Braga às tardes/noites tranquilas – não só às vitórias, como também à boa prestação defensiva – também teve o dedo de Paulo Oliveira.
O experiente central, de 32 anos, tinha voltado à competição diante do Bodo/Glimt, para a Liga Europa, mas como suplente utilizado. Agora, no embate com o Farense, mereceu a confiança de Carlos Carvalhal para integrar o onze inicial, algo que aconteceu mais de um mês depois. A última titularidade do internacional português havia sido há mais de um mês, por ocasião de um jogo em que o SC Braga… não sofreu golos: 3-0 ao Nacional, para a 6.ª jornada da Liga, a 20 de setembro.
O camisola 15 acabou por dar o seu contributo para a estabilização do eixo da retaguarda, pelo que deverá manter-se na equipa na receção ao Vitória de Guimarães.