Pepa: «Treinar um dos três grandes? Não é objetivo a curto prazo»

Treinador português garante que quer regressar a Portugal, por causa da família, mas não para já

Já com a subida de divisão garantida no último jogo da temporada, Pepa cumpriu a sua missão no Sport Recife, mas espera que a sua aventura no clube brasileiro continue, pelo menos, até ao próximo ano, algo que deve acontecer, embora ainda não esteja garantido.

Pepa garante subida ao Brasileirão

24 novembro 2024, 23:33

Pepa garante subida ao Brasileirão

Foi até à última, mas o Sport Recife conseguiu mesmo a promoção. Cumpriu a obrigação de bater o Santos (2-1) e, depois, agradeceu ao Goiás por ter travado o Novorizontino (1-0)

«Isso, no meu papel, vale o que vale. Sinceramente, para mim, vale muito mais a palavra do que qualquer tipo de cláusula. Portanto, o meu desejo é continuar, mas também não posso ser hipócrita e dizer que está 100%, porque não está. Como é público e toda a gente sabe, vai ter eleições, não é? Portanto, tenho de esperar também, porque... por tudo! Portanto, são coisas que eu não controlo, mas a probabilidade [de permanência] é muito grande», começou por dizer o técnico português, em entrevista ao Globo Esporte, colocando a permanência como o objetivo principal no Brasileirão e esperando conseguir um pouco mais.

Questionado sobre a possibilidade de chegar a treinar um dos três grandes clubes portugueses, Pepa garantiu que essa não é a sua prioridade, no momento: «Se eu falo que é sonho, parece que é um objetivo a curto prazo. Não é, não é. Eu gosto de me sentir feliz onde estou e ser desejado onde estou. Eu digo muitas vezes isto, eu já dizia isto como jogador. Se eu estou num clube, a olhar para outro clube, a querer ser desejado por outro clube, vai dar c… eu tenho de ser desejado onde estou. Eu tenho de dar a vida onde estou. Eu tenho de ser desejado onde estou. E esse é o meu foco, é esse. Tudo o que tiver de acontecer, que aconteça com naturalidade, porque é a vida, é a vida», explicou, afirmando que quer, eventualmente, regressar ao seu país.

«Quem me diz a mim que eu vou estar aqui daqui a um mês? Quem me diz a mim que eu vou estar aqui, até posso ficar aqui dois, três anos… quem sabe? Não sabemos o amanhã. E hoje estou aqui a gravar isto aqui na câmara, e se calhar daqui a três anos estou aqui outra vez. Ou não, a vida é assim mesmo. Portanto, para mim, já como jogador, era assim que eu pensava. Não vale a pena estar a desejar. Parece que estamos com inveja de outros clubes, de outros treinadores por estarem ali, ou de outros jogadores. Nada, nada, nada. Vou gastar energia é onde estou. E, sinceramente, eu acho que foram três meses com esse espírito mesmo de missão. Eu disse várias vezes, espírito, missão, missão, missão. E tem de ser assim, senão começamos a desviar o foco para outras coisas. Um dia irei regressar a Portugal? Talvez. Principalmente até pela família, que é algo que não é fácil de... é uma parte que a mim me custa muito, muito mesmo, mas não vejo isso como... não me tira o sono», finalizou.