Treinador do Bragantino afirma que o seu compatriota tem todas as condições para suceder Klopp e acredita que o Sporting vai conseguir a dobradinha
Pedro Caixinha está no Bragantino desde o início do ano passado e tem contrato até ao fim desta temporada, mas continua a pensar num regresso a Portugal, afirmando que gostava de, eventualmente, treinar um dos grandes:
«Ia gostar um dia de treinar na primeira divisão. Uma vez lá chegado qual é depois a seguir o sonho? É treinar um dos grandes. E depois a seguir? Gostava de ter uma experiência no estrangeiro. O meu percurso foi um bocadinho ao contrário, mas continuo a amar o futebol do nosso país, a alimentar a esperança de um dia regressar a Portugal. Até porque são muitos anos fora de casa, porque também alimento a esperança de um dia poder treinar um grande, mas tudo a seu tempo. Quando a oportunidade aparecer cá estaremos muito mais preparados e teremos todo o prazer de desenvolver esse projeto», disse, em entrevista ao Final Cut.
O português ainda comentou a possibilidade de Rúben Amorim suceder Jurgen Klopp no comando técnico do Liverpool, explicando que tem todas as condições para fazer um excelente trabalho em Inglaterra: «Eu acho que está preparado e eu acho que não é jovem. A maturidade e aquilo que é a experiência futebolística e o conhecimento que ele tem e também a preparação… porque falou-se muito em termos de, por exemplo, da preparação do Rúben por não ter o curso Pro e estar no banco. Foi o único campeão nacional que terminou a UEFA pro depois e tanto quanto sei, fê-lo com a mesma humildade e a mesma naturalidade. Ele já tinha feito também, por exemplo, uma pós-graduação na Faculdade de Motricidade Humana, então é uma pessoa que se quer capacitar, que se quer formar, que acredita muito naquilo que faz. É muito orgulhoso, muito incisivo, mas sabe que o caminho é para ali, então é por ali que ele e todos têm de seguir.»
Médio diz «não dar para comparar totalmente o Sporting com um clube mundial como o Liverpool» e aponta semelhanças entre os estilos de jogo de Rúben Amorim e Xabi Alonso, no Bayer Leverkusen
Caixinha também elogiou bastante o estilo de jogo que foi implementando no Sporting e acredita que o clube leonino vai conseguir conquistar a dobradinha (Liga Portugal e Taça de Portugal): «Isso via-se desde o início deste ano. Se juntarmos a isso ter uma máquina goleadora como é o sueco, o Gyokeres. É incrível. O Sporting joga muito dentro daquilo que são as novas tendências do jogo. O Leverkusen também joga, por exemplo, numa linha de três. Uma linha de três, mas diferente em termos de cultura de jogo, em termos daquilo que é a filosofia Red Bull, em termos daquilo que é a verticalidade com que joga, a intensidade com que se ataca a baliza, como se ataca a bola. O Sporting está muito claramente naquilo que é o seu comportamento de jogo em relação a isso. À parte dos jogos, ganhava e vinha mantendo muito essa regularidade, coisa que o FC Porto não conseguiu manter, coisa que o Benfica, comparativamente com aquilo que foi o ano passado, ainda menos conseguiu mantê-lo. E penso que nos arriscamos a ver uma dobradinha, esta ano, por parte do Sporting.»