Pedras virou treinador e conduz as ambições do Coimbrões

Distritais Pedras virou treinador e conduz as ambições do Coimbrões

NACIONAL18.01.202311:39

No 3º lugar da Divisão de Elite da AF Porto, o Coimbrões luta pelos primeiros lugares, procurando uma subida que o devolva a competições nacionais. Ao comando está o antigo avançado Pedras, nome icónico do universo leixonense, tendo feito parte da equipa treinada por Carlos Carvalhal que disputou a final da Taça de Portugal contra o Sporting. Aos 42 anos, Pedras decidiu iniciar atividade como técnico principal no meio dos seniores e, vistas as coisas até este momento, tem inspirado os seus jogadores da melhor maneira.


«Foi o projeto certo para começar sendo o Coimbrões uma equipa com vários anos no Campeonato Nacional de Seniores, uma equipa grande a nível distrital e com um projeto aliciante e exigente. Não posso ainda esquecer uma boa massa associativa muito presente e calorosa, que se torna uma boa alavanca para crescermos. O campeonato é muito competitivo, há vários clubes que apostam na subida, esta série é muito exigente, pois além de termos de jogar contra o fator de todos os rivais quererem vencer o Coimbrões há também a questão da rivalidade entre clubes gaienses, que apimenta os jogos e torna-os mais competitivos», ressalva Pedras, espreitando confrontos com Oliveira do Douro, Candal, Avintes, Canidelo, Dragões Sandinenses ou Arcozelo. Com 34 pontos, o Coimbrões só está atrás do líder Oliveira do Douro, treinado por Abílio, outra figura do mesmo Leixões de Pedras, e Maia.


«Atualmente a classificação está em conformidade com os objetivos, mas a nossa ambição é ganhar domingo após domingo...preferencialmente com futebol bem jogado. É por isso que somos o melhor ataque e vamos encarando os jogos todos com ambição de fazer melhor sempre...», elucida o antigo avançado, preparado para se guiar por muitas referências nesta nova carreira.


«Este passo foi dado com desejo de ser treinador, passei pela formação do Leixões e sempre atingi o objetivo que era proposto, que passava por vencer e ser melhor que as outras equipas. Isso foi feito com subidas e títulos de campeão. Os técnicos em que me revejo são vários, tento tirar o melhor deles dentro daquilo que penso do futebol e, a partir daí, tento implementar as minhas ideias...a marca é ser sempre formar uma equipa muito personalizada. É algo que engloba atitude, raça, querer, ambição, sacrifício e acima de tudo o prazer em jogar futebol», salienta Pedras, que defrontou o sobrinho na última jornada, sendo Diogo Pedras um dos goleadores da prova, ao serviço do Padroense.

«A sensação que tenho é de ser mais um adversário que tenho de enfrentar e vencer. Dentro do campo não penso com o coração, penso com a cabeça e não passa de ser mais um obstáculo que tenho de ultrapassar. Não há nada de apostas, nada de mental games, porque ensinei-o a ser frio nesse aspeto», regista Pedras, que também tem um filho a despontar no Boavista com 11 golos em 15 jogos nos sub-15.


«Quanto ao Martim deixo-o desfrutar do futebol, não me meto em nada, não lhe ensino nada, porque tem os próprios treinadores que têm esse papel. Numa coisa o ajudo, que é na vertente emocional, ajudo para que esteja sempre disponível para fazer o que mais gosta», conclui.