Pantera ficou encandeada com Estrela pouco brilhante (crónica)
Nani voltou a marcar na liga portuguesa seis épocas depois (foto Filipe Amorim/LUSA)

E. Amadora-Boavista, 2-2 Pantera ficou encandeada com Estrela pouco brilhante (crónica)

NACIONAL16.09.202423:30

Boavista esteve duas vezes em vantagem, mas não a conseguiu segurar. Nani deu o primeiro grito de revolta, mas Bruno Brígido borrou a pintura antes do intervalo. Kikas resgatou ponto para os da Reboleira

A expressão dividir o mal pelas aldeias aplica-se que nem luva ao que ontem se assistiu na Reboleira, mas com uma diferença: visto o jogo, um ponto para cada equipa não foi mal nenhum, até soube bem, até mesmo para o Estrela, que continua sem vencer nesta Liga e escapou a nova derrota, porque acabou por estar duas vezes em desvantagem e conseguiu correr atrás do prejuízo para escapar a males maiores.

A vontade inicial demonstrada pelo Estrela nos primeiros minutos durou pouco, perante o que se percebeu ser uma certa ansiedade (natural numa equipa que ainda não conquistou três pontos nas cinco janelas de oportunidade que já teve) dos tricolores no desenho ofensivo, algo precipitado e a recorrer demasiado à estrela da companhia, Nani, que encostado ao flanco esquerdo procurou penetrações no último terço, que foram esbarrando na defesa axadrezada.

A falta de arte anulou a vontade dos tricolores e o Boavista conseguiu povoar mais o meio campo do Estrela, ganhando ascendente que foi materializado pelo golo de Bruno Onyemaechi, aos 23', que nasceu de um lançamento de linha lateral (e, por isso, foi daqueles que não se pode sofrer...), com este a beneficiar de falha de Tiago Gabriel para meter o pé esquerdo em ação e inaugurar o marcador.

Foi um golo... despertador. O Estrela acordou aí e Nani liderou a revolta, logrando, aos 35', e com mérito que apenas sobre ele recaiu, o 1-1, com um remate cruzado e rasteiro fora do alcance de Tomé Sousa (pelo menos pode dizer que o primeiro golo sofrido na estreia no escalão maior teve a assinatura de um craque, não é? Dá para contar aos filhos e netos que vierem...).

Nani tinha acabado de galvanizar as bancadas da Reboleira e a própria equipa, e o Estrela manteve a toada ofensiva. Mas voltou a consentir golo proibido, com Bruno Brígido a ter culpas no cartório: não segurou cruzamento da esquerda à primeira e deixou a bola à mercê de Vukotic, que fez o 1-2 no último suspiro da primeira parte.

Filipe Martins ressuscitou o Estrela ao intervalo e a equipa dominou quase toda a 2.ª parte (porque o Boavista recuou para defender o 2-1), vendo Kikas resgatar o segundo ponto da época aos 68'.

Veja o resumo