Sporting-Nacional 3-1 Os destaques do Sporting: há sempre uma estrela sueca a dar rumo à nau
Comandante pode estar de saída, mas camisola nove continua a resolver problemas. Hjulmand e Morita em plano elevado; Trincão mudou muito o jogo
O melhor em campo: Gyokeres (8)
A nau leonina pode estar para trocar de comandante com a saída de Rúben Amorim, mas tem uma estrela sueca, de nome Gyokeres, que a guia quase sempre até ao destino mais desejado: a vitória. Começou no banco, mas perante tanta inoperância na primeira parte, o treinador teve de recorrer camisola 9. Começou logo por fixar os centrais contrários na jogada do primeiro golo; no segundo sofreu a falta e concretizou o penálti e no terceiro demonstrou que acrescentou atributos ao seu manancial, com um livre direto batido na perfeição — coisa que os adeptos não apreciavam há quase quatro anos, imagine-se. Mais uma qualidade acrescentada às muitas que já se lhe conheciam. De resto, a potência e a disponibilidade de sempre a manter o Nacional encostado às cordas.
5 Kovacevic — O guarda-redes bósnio sofreu um golo em que foi traído pela trajetória da bola que bateu em Rúben Macedo depois do remate de Luís Esteves. No mais, uma insegurança que continua sempre como algo latente.
6 Ricardo Esgaio — Voltou a jogar na defesa descaído para a direita, como tinha acontecido em Graz e voltou a não comprometer. Na fase final da partida, tempo para uma investida até à linha de fundo para um cruzamento bem medido mas sem consequência.
5 Gonçalo Inácio — O sentido posicional foi o habitual mas nas bolas de saída do Nacional perdeu muitos duelos com Tomich e Tiago Reis. Talvez por isso, saiu ao intervalo.
6 Matheus Reis — Na primeira parte a ala esquerda leonina não acertou e ele acabou por ir de arrasto na vertente ofensiva, se bem, que tenha começado com uma cabeçada venenosa (3’) para defesa de Lucas França. No entanto, tal como toda a equipa, subiu muito de rendimento na segunda parte e a defender nunca comprometeu.
6 Geny Catamo — Tal como toda a equipa, no primeiro tempo viu-se e desejou-se para se libertar da teia montada pelo Nacional, mas após o intervalo viu-se o Geny habitual, em deambulações da linha para zonas mais interiores para deixar a defesa madeirense em sobressalto.
7 Hjulmand — Sempre fundamental nos equilíbrios da equipa, foi o capitão a dar a primeira rota para a vitória, com um remate seco sem hipótese para Lucas França. Continua a comprovar que o adereço que usa no braço lhe assenta muito bem, pois não se desmorona quando as coisas não estão a correr assim tão bem nem entra em euforia quando o conjunto sobe para outro patamar.
7 Morita — Tem uma inteligência fora do comum e prova disso é a forma como se desmarcou para receber o passe que, posteriormente, resultaria no primeiro golo leonino, isto após um primeiro tempo em que esteve apagado. Subiu muito de produção.
4 Fresneda — A vontade era muita mas nunca se libertou da maldade de estar a jogar na esquerda, ele que é um destro puro e tem muitas dificuldades com o pé canhoto. Até que começou assim-assim, mas com o andar do relógio foi perdendo fulgor. Saiu ao intervalo e toda a gente percebeu porquê.
4 Edwards — Depois de algum tempo afastado por lesão e com o tempo de utilização contado, foi pouco imaginativo, demasiado trapalhão e ansioso, desperdiçando muitas jogadas que, com outra disponibilidade mental, poderiam ter resultado em jogadas de maior perigo para o leão.
6 Harder — Não podem dar uma nesga de terreno ao dinamarquês que ele, de imediato, dispara à baliza contrária. Provou que tanto pode jogar no centro do ataque como mais descaído para a esquerda e o rendimento é muito similar. Falta-lhe experiência e mais serenidade em certos lances, é verdade, mas não é menos verdade que tem 19 tenros anos.
5 Maxi Araújo — Na primeira parte couberam-lhe a maior parte das despesas ofensivas do leão e essa fatura revelou-se demasiado alta. Com a garra uruguaia do costume, mas demasiado complicativo na hora da decisão e demasiadas vezes com os olhos no chão o que, como é óbvio, lhe retira uma visão mais alargada do jogo. Na segunda parte, subiu de rendimento.
6 Debast — Entrou em campo e demonstrou logo ao que vinha, com dois passes verticais a tentar demonstar a defensiva contrária.
7 Trincão — Voltou a provar que está num momento de forma incrível e quando entrou em campo o Sporting passou a ser outro, com muito mais critério e qualidade para romper e capacidade de penetrar entre linhas.
6 Geovany Quenda — Como é seu costume colou-se à ala direita, não teve o brilho de Famalicão mas ainda protagonizou bela jogada ao minuto 81.
5 St. Juste — Mais uns minutos no processo de regresso à competição.