V. Guimarães-Sporting, 4-4 Os destaques do Sporting: Ano novo vida velha para o inevitável Viktor Gyokeres

NACIONAL03.01.202523:14

Sueco marcou por três vezes mas a defesa comprometeu tanto que o goleador não evitou mau resultado leonino

Melhor em campo: Gyokeres (8)

Pode mudar o ano, podem mudar os treinadores mas em Ano Novo não há vida nova para o sueco mas sim velhos (bons) hábitos, o de marcar golos. Foram três, um de bico, outro após grande desmarcação e o terceiro em que até o remate não lhe saiu bem mas como os deuses do futebol estão com ele a bola entrou na baliza vimaranense. Na gala dos prémios Stromp tinha dito, em jeito de brincadeira, que 2025 podia ser ainda melhor se Quenda, presente na sala, lhe passasse mais vezes a bola. Não se pode queixar do sucedido no D. Afonso Henriques, porque o menino de 17 fez-lhe duas assistências, a segunda das quais num passe carregadinho de açúcar. Mas como a defesa leonina comprometeu muito… milagres de tão grande monta para evitar maus resultados não consegue.

4 Franco Israel — Ficou muito mal na fotografia do primeiro golo vimaranense porque, fruto do mau posicionamento, chegou atrasado à bola rematada por Tiago Silva na conversão de um livre direto. No segundo, só se tivesse asas travaria o remate de Kaio César. Grande defesa aos 78 a remate do brasileiro mas sair dum jogo com quatro golos sofridos não é bom currículo para qualquer guarda-redes.

4 Eduardo Quaresma — Ainda travou algumas investidas do ataque dos conquistadores mas no capítulo do passe esteve mal, oferecendo muitas vezes a bola aos adversários. Só se deu positivamente por ele quando fechou por dentro na falha de algum dos homens da zona central da defesa.

4 Diomande — Não fugiu à mediocridade na primeira fase de construção dos leões com muitas bolas entregues de bandeja aos homens da equipa de Daniel Sousa e na fase de maior aperto vitoriano, desnorteou-se.

5 St. Juste — Apesar das dificuldades que parecia sentir desde uma um período muito precoce do jogo ainda foi dos mais esclarecidos na defesa leonina, fazendo da velocidade de recuperação uma arma poderosa. No entanto, na fase em que os da Cidade Berço começaram a surgir com maior ímpeto no ataque, não conseguiu fugir à enxurrada de desorientação do setor mais recuado dos leões.

3 Matheus Reis — Muitas dificuldades em travar Kaio César na primeira parte e ligado negativamente ao segundo golo dos locais pela forma como muito ultrapassado por Telmo Arcanjo. Para acrescentar ao mau desempenho, no quarto golo vitoriano deixou Michel fugir.

5 Geny Catamo — Herói no dérbi com um golo decisivo, apagou-se a centelha no espaço de menos de uma semana. Entrou com um remate forte à figura de Bruno Varela, ainda tentou levar a equipa para a frente com investidas pela direita, mas mostrou-se algo inconsequente. Louve-se o esforço.

 4 Hjulmand — Apesar de ser capitão e ter essa prerrogativa de poder falar com o árbitro, entrou em demasiadas discussões estéreis com o juiz da partida. Além disso, não  conseguiu refrear o ímpeto dos da casa a meio campo. Pareceu andar sempre um passo atrás dos criativos vimaranenses.

 4 Morita — Cabia-lhe a missão de fazer de elo de ligação entre setores mas nunca o conseguiu. Tentou dar largura quando a equipa saía a jogar mas sem grande sucesso. Se houvesse uma coleção de passes errados, tinha conseguido todos os cromos. Ainda assim, ainda fez de cabeça a assistência para o terceiro golo leonino.

6 Quenda — Duas assistências para golos de Gyokeres, a segunda das quais com laivos de brilhantismo. Saiu quando Rui Borges entendeu que lhe estava a faltar fôlego no compromisso defensivo. E a equipa, diga-se, não melhorou grande coisa quando o prodígio abandonou o relvado.

6 Trincão — Apenas se salva com nota positiva porque no tempo de compensação, quando (quase) ninguém acreditava, teve um momento de magia e num remate soberbo com o seu pé esquerdo encantado conseguiu empatar a partida contra a larguíssima maioria das previsões. No mais do tempo, não fez bem a conexão com Gyokeres, perdendo-se muitas vezes naquelas voltas que fazem perder segundos preciosos para quem ataca.

6 Maxi Araújo — Um passe soberbo para Morita no terceiro golo dos leões e um cruzamento que se revelou decisivo para que os leões empatassem a partida.

5 João Simões — Costuma demonstrar uma capacidade física impressionante mas não teve espaço para aquelas suas cavalgadas.

5 Harder — Ainda teve tempo para ter influência no quarto golo dos verde e brancos.

Fresneda — Sem qualquer impacto no jogo.