Benfica-Gil Vicente, 5-1 Os destaques do Benfica: o líder, o polvo, o mágico e até o atirador de arco e flecha

NACIONAL28.09.202423:53

Otamendi comandou a reviravolta, marcou um golo e assistiu noutro. Florentino emergiu para dominar o meio-campo e até fechar a contagem. Akturkoglu voltou aos golos. E Amdouni justificou mais minutos

O melhor em campo: Otamendi (8)

Poderá ser estranho que num jogo em que acaba com vitória de 5-1 seja um defesa-central o melhor em campo. Percebendo-se que Otamendi marcou um golo, ao saltar entre Castillo e Zé Carlos para marcar o primeiro e dar início à reviravolta, e desviou o canto de Beste para Florentino fechar a contagem já talvez seja mais fácil de perceber. O campeão do mundo argentino justificou bem aquilo que dele disse Rui Costa há pouco tempo — considerou-o um líder. E isso não foi apenas manifestado nas antecipações aos avançados que caíram na sua área de ação ou nos cortes para cortar o perigo pela raiz. É impossível medir a importância de Otamendi nas coisas que são intangíveis, no espírito que contagia a equipa, que empurra desde trás para o ataque. Muito bem.

Trubin (6) — Sem nada a fazer no golo (Félix Correia rematou perto de cima para baixo), tem duas intervenções importantes, nas quais deu o corpo à bola, para evitar a festa de Cauê e Aguirre.

Tomás Araújo (7) — Não sendo lateral ainda duvida algumas vezes que zonas pisar no ataque. Foi ganhando confiança e participou, com um toque carregado de classe e técnica a isolar Aursnes, no segundo golo da equipa. Chegou a parecer um extremo. Aos 67' tirou Félix Correia da frente, fazendo inveja a muitos avançados, e centro, a bola ainda tocou em Rúben Fernandes e quase entrou.

António Silva (5) — No lance do golo do Gil Vicente, não acautelou a saída de posição de Otamendi, que foi pressionar Mboula, permitindo a diagonal de Félix Correia. Na segunda parte, sofreu dois sustos com Aguirre. Mas também foi somando boas ações, cortes importantes, muitos longe da área, contribuindo para a pressão alta.

Carreras (7) — Está num bom momento de forma, com muita confiança e liberdade para atacar. O corredor esquerdo foi dele, andou para a frente e para trás numa agitação entusiasmante, combinando com companheiros e procurando a linha para cruzar, para lá de não dar tréguas aos adversários. Aos 81' quase marcou, mas a bola sobrou para o pé direito e o remate saiu ao lado.

Aursnes (7) — Centro direitinho para a cabeça de Akturkoglu marcar aos 25'. Dez minutos em antes começou a ter influência ofensiva, em diagonais do centro para a linha, entrando na zona de Sandro Cruz para libertar Di María. Certinho nos passes, intenso na luta pelo meio-campo e inteligente na leitura de jogo. No final da segunda parte fez dupla no centro do meio-campo com Florentino.

Florentino (8) — No lance do primeiro golo ainda tentou, sem sucesso, pressionar Castillo, que conseguiu lançar Cauê em contra-ataque. Começou a tomar conta do meio-campo depois dos primeiros 15', cortando linhas de passe e assim iniciativas de ataque do Gil Vicente, recuperando bolas, em muitas zonas do campo. Grande passe longo a isolar Akturkoglu (54'), roubo de bola a Aguirre (83') e cereja no topo do bolo com o golo de cabeça após um canto. Justificou a alcunha de polvo.

Kokçu (6) — Aos 33' viu amarelo por protestos. Não estava a sentir-se confortável com o jogo, nem tudo lhe saiu bem, mas dos pés dele ainda saíram um excelente passe para Di María (34') e dois disparos da canhota, um travado por Rúben Fernandes (51') e outro defendido por Andrew (54'). Saiu aos 68'.

Di María (6) — Marcou o canto para o golo do amigo Otamendi, procurou várias vezes desequilibrar da linha para o centro, algumas conseguiu, mas sem a influência de outros jogos. Aos 37' foi aplaudido numa ação defensiva. Saiu (68') bastante cansado.

Pavlidis (6) — A equipa pôde sempre contar com ele para a primeira linha de pressão e, sobretudo, como ponto de referência para combinações ofensivas. Aos 4' cabeceou por cima na pequena área, aos 31' num toque recuperou e entregou-a a Akturkoglu que quase marcou. Teve poucas situações para finalizar.

Akturkoglu (7) — Sem ter de levantar os pés no centro da área, respondeu com um cabeceamento ao centro de Aursnes que levou a bola a entrar perto do poste direito. Ainda teve mais uma oportunidade (31'), mas disparou por cima. Sem exuberância de outras exibições o Harry Potter da Luz continua a fazer magia.

Amdouni (7) — Recebeu de Rollheiser de pé esquerdo, deu um toque com o direito e, bem fora da área, disparou logo com o pé esquerdo para um grande golo. Festejou como se estivesse de arco a atirar uma flecha. Bom toque de bola e maior sentido de baliza. Pediu mais minutos. Entrou aos 67' por Akturkoglu e justificou a aposta. Quer mostrar serviço.

Rollheiser (7) — Tocou para Amdouni marcar e ainda marcou quando, oportunista, reagiu depressa ao erro de Andrew. Estava lá para encostar. Foi extremo esquerdo e direito.

Arthur Cabral (6) — Cabeceamento perigoso (72') de cima para baixo após canto de Di María e participação importante no lance de perigo de Carreras (81').

Beste (7) — Nove minutos em campo, como extremo esquerdo, suficientes para fazer um centro perigoso para Arthur Cabral (81') e marcar o canto do golo de Florentino.

Prestianni (6) — Entrou na compensação e ainda cruzou para o erro de Andrew que esteve na origem do golo de Rollheiser.

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