Tonel, antigo defesa-cental do Sporting, avalia atual momento de forma do neerlandês
A BOLA questionou Tonel, antigo defesa-central do Sporting, sobre a importância de St. Juste na equipa, com foco no novo sistema adotado (4x4x2), depois de ter sido titular em todos os jogos que o Sporting já realizou sob o comando técnico de Rui Borges.
«Desde logo, salientar que está a jogar a central esquerdo, quando na linha de três do Ruben Amorim jogava normalmente à direita. Portanto, mudou um pouco a forma de estar, não só de três centrais para dois, mas também está a jogar sobre o lado esquerdo, sendo ele um destro. Depois, acho que está a ter um bom rendimento, por isso é que o Debast tem sido relegado para o banco de suplentes», começou por dizer.
O rendimento que está a ter, acho que está a ser ótimo, e a equipa beneficia com isso, porque ele é, de longe, o defesa-central mais rápido do plantel
«É importante para ele também fazer jogos consecutivos, porque isso, obviamente, lhe aumenta os índices de confiança, e se não tiver impedimentos físicos, que é o que o tem travado desde que veio para o Sporting, poderá ainda subir mais o nível de rendimento. O que acrescenta em relação a todos os outros é velocidade e a capacidade de lidar com o espaço nas costas», acrescentou.
«É um jogador que, infelizmente, tem sido muito fustigado por lesões e estes níveis de confiança também são importantes nestes jogos consecutivos, mas, de facto, serem os primeiros quatro jogos consecutivos que faz durante os 90 minutos, em três épocas, demonstra muito daquilo que tem sido o azar deste jogador», afirmou.
Ainda sobre as palavras elogiosas que Ruben Amorim sempre endereçou ao neerlandês, o antigo central referiu: «Qualidade ele mostrou, só que foi a espaços. Portanto, ele já no passado evidenciou qualidade e capacidade, mas muita irregularidade. Infelizmente para ele, e para o Sporting, pelas lesões que teve. Agora está num período bom, vamos ver se vai continuar, ainda é pouco, são apenas quatro jogos. Para ele, se calhar, para aquilo que vimos nesses últimos anos já é considerável, mas ainda há um caminho pela frente e vamos ver se ele o consegue percorrer sem lesões.»
Tonel compreende a preocupação que se vive no banco e até pelos colegas quando vêm o central envolvido num lance mais duro ou quando cai no chão.
«Todos sabemos que não é fácil lidar com uma situação destas, porque é das piores coisas do futebol, estar lesionado. Agora, há que pensar positivo, para ele, com o rendimento que está a ter, acho que está a ser ótimo, e a equipa beneficia com isso, porque ele é, de longe, o defesa-central mais rápido do plantel», concluiu.
Desde que chegou a Alvalade o defesa-central cumpriu, pela primeira vez, 90 minutos em quatro jogos consecutivos. Tem sido um dos imprescindíveis de Rui Borges no novo sistema de jogo com quatro a defender