TACA DA LIGA 2024/2025 FUTEBOL - Gyokeres (esq) e Antonio Silva no Sporting - Benfica, jogo da Final da TACA DA LIGA 2024/2025. Estadio Doutor Magalhaes Pessoa, em Leiria. Sabado, 11 de Janeiro de 2025. (Miguel Nunes)
Viktor Gyokeres e António Silva (Miguel Nunes)

Gyokeres: a peça do dominó do Sporting que nunca cai

OPINIÃO12.01.202508:15

Imaginem o Real Madrid sem Rodrygo, Militão, Bellingham e Valverde ou Modric. Imaginem o Manchester City sem De Bruyne, Rúben Dias, Kyle Walker e Rodri ou Gundogan. Aqui, nem precisam de imaginar. Aconteceu mesmo e deu no que deu.

As lesões no Sporting parecem um dominó: lesiona-se St. Juste, lesiona-se Kovacevic, lesiona-se Nuno Santos, lesionam-se Hjulmand, Quaresma, Matheus Reis e Gonçalo Inácio (St. Juste continua lesionado), lesionam-se Diomande e Edwards, lesionam-se Nuno Santos, Pedro Gonçalves e Daniel Bragança (St. Juste continua lesionado), lesiona-se Morita, lesiona-se Matheus Reis, volta a lesionar-se Pedro Gonçalves (St. Juste não volta a lesionar-se), adoece Israel, volta a lesionar-se Gonçalo Inácio, St. Juste tem gripe, mas não se lesiona, volta a lesionar-se Quaresma, voltam a lesionar-se Matheus Reis e Morita. A sorte leonina é que, nesta sequência de lesões, que parecem encaixar uma das outras como peças de dominó, Gyokeres mantém-se de pé.

Fim de linha para Marcus Edwards no Sporting

12 janeiro 2025, 22:45

Fim de linha para Marcus Edwards no Sporting

Chegou atrasado à concentração, não foi a Leiria à final da Taça da Liga e mostra falta de comprometimento; termina contrato em 2026 e renovação não avança; no mercado para ser colocado, fica com guia de marcha

Que seria do Sporting sem Gyokeres? Não se sabe. Os leões tiveram, nos últimos 20 anos, goleadores como Liedson, Van Wolfswinkel, Montero, Slimani, Teo Gutierrez, Bas Dost, Pedro Gonçalves e Sarabia e foram duas vezes campeões. Sem avançado puro mas com Pedro Gonçalves e Paulinho em 2020/2021 e com Gyokeres em 2023/2024. Antes e depois também tiveram Pongolle, Caicedo, Rubio, Ribas, Bojinov, Jeffrén, Viola, Barcos, Castaignos, Markovic, Alan Ruiz, André, Doumbia, Diaby, Luiz Phellype, Jesé Rodriguez, Bolasie e Arthur Gomes. Nenhum foi campeão, evidentemente. Não se sabe, em rigor, o que seria deste Sporting sem o sueco. Era mais fraco, claro. Com menos golos, claro. E sobretudo com mais lesões, como se tem visto pela peça de dominó que não cai e está sempre de pé.

Por outro lado, que seria deste Sporting sem a impressionante sequência de lesões que o varreu nestes cinco meses? Não se sabe. O que se sabe é que Nuno Santos, Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves e Morita ou Daniel Bragança seriam titularíssimos neste Sporting e tiveram (e têm) paragens muito prolongadas. Imaginem o Real Madrid sem Rodrygo, Militão, Bellingham e Valverde ou Modric. Imaginem o Manchester City sem De Bruyne, Rúben Dias, Kyle Walker e Rodri ou Gundogan. Aqui, nem precisam de imaginar. Aconteceu mesmo e deu no que deu. O Sporting aguentou-se e foi sobrevivendo à saída de Ruben Amorim, à perda de pontos com João Pereira e, sobretudo, ao dominó de lesões, encostadinhas umas às outras. Algo é evidente. Com Nuno Santos, Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves, Morita, Daniel Bragança e até Matheus Reis disponíveis a equipa não estaria pior. Estava, obviamente, melhor. Agora, feito o luto por Ruben Amorim, o Sporting continua na liderança da Liga. Com um magrinho ponto de avanço sobre o FC Porto e com mais gordinhos três pontos sobre o Benfica. Vale o quê? Quase nada. Sobretudo quando a perda de pontos dos três grandes se parece com as lesões no Sporting: são umas atrás das outras. O melhor é esperar por maio. Mas, meus caros, esperemos sentados.