O ponto da situação de Rúben Amorim no Sporting

Acordo quase fechado mas leão quer treinador até Braga; Manchester United paga a cláusula de €10 milhões mais €1 M para levar pelo menos dois adjuntos. Tempo do Sporting deve prevalecer e o técnico prepara-se para ficar em Alvalade até à pausa para as seleções

A vontade do United era de que Rúben Amorim já estivesse em Manchester; a vontade do treinador e seus representantes era chegar a Inglaterra depois do jogo com Estrela da Amadora, agendado para esta sexta-feira; a vontade do Sporting era que os red devils não tivessem avançado para o português mas já que se mostraram disponíveis para pagar os 10 milhões de euros da cláusula de rescisão que o levem… só depois do jogo com o SC Braga, marcado para 10 de novembro e a anteceder a paragem competitiva para os jogos das seleções nacionais. O acordo está quase fechado e a questão do timing, para já, está também a pender para o tempo do leão. Mas o Manchester United não descartou ainda totalmente a possibilidade de subir o valor a pagar para antecipar a viagem.

10 milhões de euros da cláusula de rescisão e mais um milhão de euros para levar, pelo menos, dois dos adjuntos de Amorim para Old Trafford. O acordo com o Manchester United não está fechado, como anunciou esta quarta-feira à noite Dave Brailsford, diretor desportivo da INEOS, grupo que detém o Manchester United — o dirigente foi questionado por um adepto se o negócio estava concluído e este atirou: «Sim, está feito, está feito» —, mas está quase. Segundo apurámos, o entendimento está a um passo, com o treinador a garantir que leva, para já, dois dos seus adjuntos no Sporting: Carlos Fernandes e Adélio Cândido.

Fernandes é o braço direito de Amorim no banco de suplentes, aquele que se levanta nas bolas paradas, da sua responsabilidade, permitindo algum descanso nesses momentos ao técnico principal, como o próprio já admitiu. Adélio também trabalha com Amorim desde a primeira hora, desde os tempos do Casa Pia. Mais elementos da equipa técnica, no entanto, podem seguir para Manchester.

O acordo não ainda está selado. Em resposta ao anúncio de Dave Brailsford, fonte oficial dos verdes e brancos respondeu-nos que «o Sporting não chegou a qualquer acordo para a saída de Rúben Amorim e até ao momento não recebeu qualquer valor respeitante à cláusula de rescisão». Mas o entendimento, porém, está mesmo perto.

A INTRANSIGÊNCIA DE VARANDAS

A grande questão agora não é tanto se Rúben Amorim segue para o Manchester United, antes  quando segue para Inglaterra. E nisso o presidente do Sporting, Frederico Varands, tem-se revelado intransigente na defesa dos interesses do clube. É intenção leonina que Amorim oriente a equipa ainda nos próximos três jogos, esta sexta-feira com o Estrela da Amadora na jornada 11 do campeonato; na terça-feira com o Manchester City na Liga dos Campeões; no dia 10 com o SC Braga na jornada 12, imediatamente antes da paragem para as seleções, dando tempo a João Pereira para começar a trabalhar junto da equipa principal.

A vontade leonina parece ter, nesta altura, força para prevalecer. A não ser que os red devils, que até contavam com Rúben Amorim já para o jogo com o Chelsea, no domingo, acedam a puxar um pouco mais os cordões à bolsa para convencer a administração leonina a abdicar da sua vontade e que está defendida no contrato, uma vez que tem 30 dias até deixar sair o treinador mesmo que acionada a cláusula de rescisão. Pelo que contam a A BOLA, são 2 milhões de euros que podem desbloquear a situação no imediato. No entanto, ao dia de hoje, a continuidade de Amorim até Braga é o cenário que tem mais força. Mas as conversas prosseguem nas próximas horas.