«Nós somos Portugal. As pessoas têm que nos respeitar» 

Marítimo «Nós somos Portugal. As pessoas têm que nos respeitar» 

NACIONAL28.04.202314:56

Na antevisão ao jogo de amanhã com o Vitória de Guimarães, o treinador do Marítimo, José Gomes, foi bastante crítico, sem nunca apontar nomes, com o tratamento que vai sendo dado à equipa ao longo da temporada. 

«Nós não estamos apenas a representar o símbolo do Marítimo. Temos que perceber que representamos uma região. Sinto-me o treinador do maior clube das ilhas, que tem um peso importante no nosso campeonato e que, provavelmente, devia ser visto com outros olhos pelos senhores de Lisboa, ter outra atenção, outro cuidado e serem mais críticos quando prejudicam o Marítimo em determinadas coisas.»  

«Temos que ir para o campo sabendo que vamos representar o maior clube das ilhas. Nós somos Portugal. Não caímos de paraquedas no campeonato. As pessoas têm que nos respeitar. Para que as pessoas nos respeitem não poder dar qualquer sinal de falta de humildade, de nenhum sinal que não estamos disponíveis para fazer aquilo que o Marítimo precisa em cada momento para vencer os jogos.»

«Este é o meu sentimento. Não nasci aqui, nasci em Matosinhos, mas tenho isto vestido por já estar entranhado em mim.  Nós estamos a defender uma região e é com este espírito que vamos para este jogo.»

«O espírito de compromisso com o clube que representamos tem quer ser total. Não pode haver qualquer relaxamento.»

«O peso a nível de presença de adeptos do Marítimo no nosso estádio a apoiar a equipa é exemplar. É extraordinário. Por isso temos que exigir respeito às pessoas que mandam, respeito por aquilo que estamos a fazer e a representar. Somos muito importantes no futebol português. Estamos a trabalhar muitíssimo bem, temos feito jogos com muita qualidade, por isso têm que nos respeitar.»

«Atenção que não estou aqui com a cartilha, eu não venho aqui com um papel e agora vai para ali dizer isto. Estou a falar por mim. O que estou a dizer vem daqui de dentro. Estamos numa luta contra clubes que, com uma dimensão muitíssimo menor, mas que representam também outras regiões. Não é por sermos de Lisboa que vamos ter uma proteção diferente do que aqueles que estão lá na Madeira. Os que estão na Madeira dão um contributo muito mais forte, uma imagem muito mais forte ao nosso futebol do que os clubes que estão mais perto da capital. É só olhar para os nossos jogos em casa.  A imagem dos jogos com o nosso estádio cheio é espetacular.  É espetacular. Então isto, no peso e na imagem do nosso campeonato, não devem ser respeitados? Não tem importância? Eu exijo que seja respeitado, exigência dentro das minhas limitações enquanto funcionário do clube.»