«No nosso banco, à mínima palavra ou vemos amarelo ou somos expulsos»

FC Porto «No nosso banco, à mínima palavra ou vemos amarelo ou somos expulsos»

NACIONAL15.05.202300:17

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, elogiou a entrega dos dragões para operarem a reviravolta, de 0-1 para 2-1, no encontro da noite deste domingo, no Estádio do Dragão (Porto) e vencerem o Casa Pia, para a 32.ª jornada da Liga, recolocando-se a quatro pontos do líder da classificação, o Benfica, quando faltam disputar apenas duas jornadas da prova.

«Faz parte das caraterísticas da equipa nunca baixar a guarda. Houve alguma precipitação da nossa dinâmica na primeira parte, especialmente em posse. Adversário foi extremamente bem organizado, saiu bem para ataque rápido, onde tem jogadores perigosos. Tivemos situações de golo, faltou alguma clarividência e melhor definição. É preciso ter alguma causa, mas é compreensível, neste momento da época, com o andamento da situação no campeonato», disse Sérgio Conceição, no final do jogo, em declarações à Sport TV.

«Ao intervalo tentámos retificar alguns aspetos que na missão ofensiva eram precisos para criar mais perigos e dificultar a organização do adversário em dificuldade. Entrámos bem, com atitude muito positiva no jogo. Achei que faltava um pouco de velocidade, meti o Gabriel Verón no jogo, com Taremi e Evanilson a criarem movimentos dentro e fora, a criar outras dificuldades», explicou.

«Correu bem, criámos aí muitas oportunidades, poderíamos ter ganho com resultado mais folgado. Mas há mérito do Filipe [Martins, técnico do Casa Pia] e da sua equipa, equipa bem organizada que sabe o que fazer, fez belo campeonato, até quando está por baixo no jogo. Os jogos são assim, cada vez mais difíceis à medida que se caminha para o final, a margem de erro é mínima. Mas faz parte de um clube como o nosso acreditar sempre e sermos uma equipa intensa. Temos de perceber que temos de estar sempre no máximo para podermos ganhar os jogos», acrescentou o técnico dos dragões.

«O que lhes disse ao intervalo? Quis mexer com o orgulho dos jogadores. Acho que o 11 que entrou era competente e tinha toda a capacidade para ganhar ao Casa Pia. Foi uma conversa franca e leal. Conversámos, retificámos, ajustámos, mas precisava de outras coisas no último terço: Verón e depois os últimos três foram muito importantes, deram-nos mais velocidade na frente. Jogadores estão de parabéns. Não é fácil jogar depois dos nossos rivais jogarem e ganharem os seus jogos. Não é fácil, jogamos num clube que nunca desiste nem atira a toalha ao chão, vamos continuar a dar luta», sublinhou Conceição na ocasião.

«Estamos para dar luta até ao último momento do campeonato. Foi assim comigo nestas seis épocas, a história do clube também o demonstra, e vamos continuar assim, isto é ser Porto!», vincou Sérgio Conceição, que minimizou os ‘mosquitos por cordas’ e tensão no final, entre elementos dos dois bancos.

«Com o Filipe [Martins] nada se passou, mas houve elementos do banco de suplentes, que em situações de jogo, com a paixão do próprio jogo, de grandes emoções, faz parte. À mínima palavra, como já aconteceu ao Vítor Bruno [técnico-adjunto] ou ao engenheiro Luís Gonçalves [diretor-geral da SAD do FC Porto]… ou levavam ‘amarelo’ ou eram expulsos: deviam ser mais coerentes, e igual para toda a gente», foi a queixa de atuação para com a equipa de arbitragem que deixou o técnico portista, à despedida.