30 outubro 2024, 22:51
«Sim, está feito»: diretor da INEOS confirma Amorim no Man. United
Afirmação é de Dave Brailsford. Fonte oficial do Sporting, no entanto, garante que os leões ainda «não chegaram a qualquer acordo para a saída» do treinador
Treinador do Sporting garantiu que amanhã, após o jogo com o E. Amadora, fala sobre a sua ida para o Manchester United, tendo realçado que a decisão é unicamente sua
- Menos de 72 horas depois do jogo da Taça da Liga vem mais um duelo. Como foi a preparação para este jogo? É mais um passo rumo às 11 vitórias consecutivas?
- Sim, também passa muito por aí, pelo objetivo do melhor arranque. Queremos sempre fazer melhor. Não houve muito tempo para recuperar. Houve jogadores que não fizeram nada, houve outros que se mexeram um bocadinho. O Pote [Pedro Gonçalves] vai voltar à convocatória, o Quaresma continua de fora, fizemos o nosso trabalho tático. O E. Amadora mudou de um 4x3x3 para um 3x4x3, o que nos ajudou, não é no sentido de que seja mais fácil, mas estamos habituados ao encaixe. Precisamos de ganhar o jogo e queremos, acima de tudo, jogar bem no nosso estádio e manter a nossa posição no campeonato.
- O diretor desportivo da INEOS disse que o negócio estava fechado, o Sporting desmentiu. Há acordo?
- Sei que fizeram uma viagem para vir aqui falar sobre isso, e é natural, mas vamos deixar isso para o fim do jogo. No fim do jogo falarei sobre todas essas questões. Agora quero que a equipa se foque e eu também. Prometo que irei falar no fim do jogo e ficará tudo mais esclarecido. Ao falarmos agora, é mais uma desestabilização para o plantel. Agora o foco está no jogo.
30 outubro 2024, 22:51
Afirmação é de Dave Brailsford. Fonte oficial do Sporting, no entanto, garante que os leões ainda «não chegaram a qualquer acordo para a saída» do treinador
- É difícil focar-se no jogo quando tudo à volta do Sporting é sobre si? Já voltou a falar com o plantel? Há três meses, depois da Supertaça, disse que o seu objetivo era o bicampeonato, algo que não acontece há 70 anos. Não é aliciante continuar no Sporting para poder ficar na história?
- Continua a ser a mesma ideia. Toda a gente aqui quer ser bicampeã, isso não mudou. A aprofundar mais ia estar a responder a questões que vou responder no fim do jogo. Neste momento é dar mais um passo para que o objetivo aconteça. O foco é o Estrela da Amadora.
- Tendo em conta todo este aparato, com presença de jornalistas nacionais e ingleses, todas estas questões sobre conversas com os jogadores, há alguma coisa que gostaria de ter feito de forma diferente? O Man. United está disposto a pagar os €10 milhões, Frederico Varandas tentou convencê-lo a ficar?
- Eu sei que vocês querem respostas, mas no fim do jogo vai ser tudo mais claro, já o disse. Neste momento, o foco está no E. Amadora. Em relação a fazer as coisas de forma diferente, não faria. Não controlei nada da situação. No fim do jogo teremos tempo para isso.
- Como foi a preparação para este jogo? A determinada altura disse que o plantel estava diferente. A equipa está focada? Esta demora nas negociações pode comprometer os resultados? Como está a sua relação com o presidente?
- A relação está muito boa. Não há guerra nenhuma, amanhã vai ficar esclarecido. Muito menos paz podre. Não faz parte do meu feitio nem do feitio do presidente. O foco agora está no jogo. Senti os jogadores diferentes na palestra. Podia ter dito que o ambiente estava bem e que ninguém lê notícias, mas sei que os jogadores sentem ansiedade. Não houve revolta nenhuma. Revoltas havia quando cheguei cá. Conheço os meus jogadores e sou sincero convosco quando digo que eles não estavam normais. Percebi que estavam nervosos e ansiosos com as notícias, com uma série de jogos complicados a chegar. Não houve revolta nenhuma nem precisei que o Morten [Hjulmand] segurasse os colegas. Eles conhecem-me bem. Já provei que os defendo até ao último minuto. Mas há coisas que não controlo. Preparámos taticamente, fisicamente, dividimos o grupo para ser específico nessa recuperação e vimos os vídeos. Estamos prontos para vencer. Há coisas que não controlamos, os clubes estão a negociar. Não entra uma decisão do treinador.
- Os jogadores sentem que a sua saída está por dias? Frederico Varandas parece estar a forçar que saia de imediato. Sabendo que não é adepto de redes sociais, mas um vídeo tornou-se viral nos últimos dias com um adepto do Sporting a chorar quando questionado sobre a sua saída. Tem a noção que está a partir corações?
- Principalmente também o meu, mas sou eu que decido. Não é comparável o que acontece comigo ou com outros. Sei que é difícil para toda a gente, mas no fim do jogo abordaremos isso. Não me parece que o presidente tenha forçado a minha saída de imediato. Está a defender os direitos do clube e não me meto nisso, nunca o faria. Acho que no fim do jogo vão todos ficar muito esclarecidos. Os adeptos podem gostar ou não, mas estará tudo definido e vão ver que não há paz podre. Somos adultos e as coisas às vezes acontecem. Queremos muito ganhar este jogo, precisamos muito de ganhar. E no fim do jogo iremos abordar esse assunto.
- Tendo em conta que você foi o primeiro a dizer que o João Pereira lhe ia roubar o lugar, sente que ele está preparado para assumir um papel de maior relevo? Têm falado? Nestes últimos quatro anos e meio sempre disse que a sua preocupação seria sair a bem. Isso será cumprido?
- Sem dúvida nenhuma. Será cumprido... se sair. Isso será uma certeza. Em relação ao João Pereira, não tenho falado mais com ele. Mas se me perguntarem se está preparado para outros voos, claramente que sim. Não só pelo João Pereira, mas pela equipa técnica, pela qualidade dos jogadores quando os chamo. E o Quenda é a prova disso. O João Pereira está claramente preparado. Foi jogador de grandes clubes, tem muita maturidade e personalidade. Não estou a dizer nada, apenas que está preparado para qualquer coisa.
- Conhecemo-lo bem. Alguns sinais seus, corporais, gestuais, denotam algum nervosismo.O que é que o está verdadeiramente a incomodar e a deixar desconfortável nesta situação?
- O que será? [risos] ? A situação é muito difícil. Eu não digo nervosismo, mas cansaço. Obviamente que quando eu não sei o que dizer e o que se pode dizer nas alturas, torna tudo mais difícil para mim, porque eu tenho de andar aqui. Quando sou muito direto com as pessoas é muito mais fácil para mim. Seja por bom ou por mal. A incerteza cria muita dificuldade. E tenho problemas de comunicação como qualquer treinador. Mas, diria mais cansaço, o que me deixa mais nervoso nesta situação, e muito claro. Toda a situação em si, tudo à volta deixa-me bastante nervoso e é difícil focar-me nos jogos. Estará a acabar a novela. Não saber o que dizer e não poder ser tão claro cria-me bastante dificuldade.
- Depois do jogo com o Nacional disse «gosto muito do meu staff». A possibilidade de ajudar financeiramente a mudar a vida de quem trabalha consigo é algo que tem mexido consigo? Dentro do que pode dizer hoje, a que se referia quando disse que «a estabilidade é o mais importante na vida»? Sente que sair da zona de conforto nesta altura é algo que precisa?
- Acho que todos os treinadores precisam disso. Não quero aprofundar muito. Staff? Temos aqui muito boas condições. Há seis anos estávamos no Casa Pia e quase pagávamos para trabalhar. Não são razões monetárias. Quando falei no staff, o staff envolve muito mais gente, fisioterapeutas, roupeiros. Não só o staff a que se refere. Toda a gente aqui. É difícil encontrar estes ambientes. Foi uma das razões de sempre querer ficar cá, foram as pessoas com quem trabalho. Estabilidade? Depois falaremos amanhã, mas acho que na vida de toda a gente há fases em que estamos muito bem, mas depois queremos mais qualquer coisa, talvez provar mais qualquer coisa. Mas depois não sabemos se estamos a dar um passo diferente e a estragar tudo, mas todos sentem isso.
- O nervosismo pode estar relacionado com o facto de sentir que pode estar a desiludir os adeptos? Ontem viu o Man. United?
- Não, ontem vi o Estrela da Amadora, mas sei o resultado [risos]. Passei também pelo Man. City, apesar de ter muitas alterações e não dar para fazer avaliações para o jogo da Champions. Se algo acontecer, talvez o maior medo seja esse. Poder ser a razão de alguma coisa acontecer no final do ano.
- Pode dizer-nos quando é que poderá ser oficializado? Por que razão está a demorar tanto?
- É uma negociação entre dois clubes, que não é fácil. Depois do jogo vamos ter todas essas clarificações. Aí a decisão vai ser sabida.
- O que gosta da Premier League?
- De tudo [risos].