Botafogo «Não posso tolerar que pessoas com filhos de 4 anos às costas façam gestos obscenos e os filhos repitam»
Na Europa, o treinador do Barcelona, Xavi Hernández tem sido ativo na defesa dos treinadores e falado contra os insultos de que são alvo durante os jogos. A questão surgiu a propósito dos insultos racistas a Vinícius Júnior, do Real Madrid, com o treinador a alargar o problema. No Brasil, também Luís Castro tem falado no tema, ao qual voltou sábado, depois da vitória por 2-0 sobre o Fortaleza, que cimenta a liderança no Brasileirão com 24 pontos.
«Liberdade de expressão não é liberdade de má educação. Podem dizer o que quiser, podem cantar poemas à volta do tema, mantenho a posição. Entendo os adeptos, entendo tudo, só não entendo a má educação. Houve um jogo que não consegui trabalhar, porque atrás de mim estavam as pessoas a um metro que não me deixavam trabalhar. Uma coisa é um estádio em coro a criticar, OK, é um ambiente de estádio. Outra coisa é ofensa pessoal. Ofensa pessoal é algo que nunca vou aceitar. Não posso tolerar que pessoas com filhos de 4 anos às costas façam gestos obscenos e os filhos repitam o que o pai está a fazer. Quando regamos os problemas com sangue, o que vai acontecer?», disse, sublinhando a questão das crianças:
«Vai continuar a ser assim. São pessoas de 6, 7, 8 anos a insultar dentro do estádio. É isso que o Brasil quer? OK, continuem. Sobre as perguntas dos media, sobrevivi com os meus jogadores, com a minha administração. Houve temas realmente muito sensíveis. Em determinados momentos foi muito violento. Trataram-me como pessoa que tinha chegado este ano ao futebol. Que não tinha Champions em cima, que não tinha chegado a uma meia-final de Liga Europa, que não tinha sido campeão em lado nenhum.»