«Na Luz as pernas podem tremer no primeiro minuto, mas quando era músico também podia tremer da voz e depois parecia o Freddie Mercury»
Treinador adjunto do emblema avense está crente que a sua equipa pode surpreender na Luz. (Foto: AVS SAD)

«Na Luz as pernas podem tremer no primeiro minuto, mas quando era músico também podia tremer da voz e depois parecia o Freddie Mercury»

NACIONAL20.12.202312:50

Técnico adjunto do emblema avense visivelmente bem disposto no lançamento do jogo com o Benfica; confiança absoluta na qualidade da equipa e crença em fazer... «taça»; ausência de Jorge Costa será apenas no banco, uma vez que estará por perto para comemorar

Na antecâmara de um jogo diante de um grande do futebol português, num palco mítico do contexto nacional e europeu. Assim está o AVS SAD. O emblema avense defronta amanhã o Benfica, numa partida relativa ao Grupo B da Taça da Liga e que vai decidir quem segue para a 'final four' da competição, e no seio da formação nortenha há esperança numa surpresa.

Quem o garante é Marco Leite, treinador adjunto do AVS SAD. O técnico, um dos braços direitos de Jorge Costa - que está suspenso e, por essa razão, não vai poder sentar-se no banco -, sublinha toda a qualidade do Benfica, tem noção das dificuldades que a sua equipa vai ter pela frente, mas não esconde que o objetivo é ir à Luz lutar pelo apuramento. 

«Vamos à Luz sabendo de antemão que é um jogo difícil. Vamos defrontar uma grande equipa, num estádio sempre com muita gente, e não há muito a dizer sobre o adversário, que tem muito mediatismo e toda a gente conhece. Os nossos argumentos técnicos estão todos cá. A nossa equipa está sempre na máxima força, confiamos em todos. A estratégia pode variar ou não em função do adversário que apanhemos, mas o que vamos fazer amanhã não lhe vou dizer. O que posso dizer é que não vamos prestar subserviência ao Benfica. Vamos respeitar o Benfica, mas vamos lutar pela eliminatória, que está em aberto e tudo pode acontecer. Acredito que o Benfica pode fazer algumas alterações no onze, alguma gestão por parte do seu treinador, uma vez que tem um conjunto de jogadores de enorme qualidade. Se jogassem os habituais titulares, o que também poderá acontecer, e se acontecer taça, mais mérito terão os nossos jogadores», afiançou.

Desafiado a pronunciar-se sobre o sentimento de jogar no imponente Estádio da Luz, Marco Leite voltou a sublinhar que a sua equipa não vai sentir qualquer tipo de receito. Sendo que, para isso, até deu um exemplo curioso remontando aos tempos em que a sua carreira era a... música: «Independentemente da competição ou do adversário que possamos encontrar, a nossa forma de estar será sempre a mesma. Amanhã será exatamente a mesma coisa, não será diferente por defrontarmos o Benfica. Claro que jogar num estádio como aquele dá um friozinho na barriga. Muitos não sabem, mas eu fui músico durante muitos anos. E quando me diziam que íamos tocar a um pavilhão com 10 mil pessoas, como aconteceu, era porreiro. Mas se me dissessem que podíamos tocar num estádio com 65 mil pessoas eu dizia logo que sim. É preferível, não é? No início, podia tremer a voz, mas depois parecia o Freddie Mercury, não facilitava. E os nossos jogadores vão ser exatamente a mesma coisa. Pode-lhes tremer a perna no primeiro minuto, mas a seguir vão demonstrar que são do AVS e que são candidatos a fazer o melhor que sabem e que podem. Quer contra o Benfica, quer na Liga 2. Tal como, de resto, os jogadores têm feito de forma exímia.»

«Vão-me chamar careca»

A finalizar, Marco Leite foi questionado sobre a ausência de Jorge Costa, o líder da equipa técnica. E também aqui o adjunto demonstrou uma boa disposição... contagiante. «Estando no banco de suplentes, talvez fosse ele o alvo de umas vaias e de uns impropérios vindos das bancadas. Não estando, se calhar vou ser eu que vou ouvir chamarem-me careca, ou assim. [risos]. Mas ele vai estar por perto e quando nós fizermos um golo vamos virar-nos para trás e acenar como temos feito até agora», concluiu.