Mourinho dispara contra os «pseudo adeptos e intelectuais» e assume que vai treinar na Arábia Saudita

Mourinho dispara contra os «pseudo adeptos e intelectuais» e assume que vai treinar na Arábia Saudita

Numa grande entrevista à RAI, José Mourinho diz não saber se vai continuar no clube italiano para lá desta temporada – o contrato termina em junho -, assumindo, ao mesmo tempo, que os giallorossi têm um lugar especial no seu coração.

«Não sei se vou continuar. A última vez que falei com o presidente foi depois do jogo com a Lazio, durante 10 minutos. Sinto uma relação especial com esta cidade e com este clube, os adeptos fazem-te sentir diferente. Não tenho problemas em dizer que a Roma tem um lugar muito especial na minha carreira.»

Depois da declaração de amor, o ataque aos críticos, recordando a caminhada da equipa até à final da Liga Europa da época passada, perdida nas grandes penalidades para o Sevilha, em Budapeste.

«A Roma é demasiado critica e pouco protegida. Basta verem a nossa campanha na Liga Europa, foi muito fácil», ironizou. «Vejam o que o Salzburgo está a fazer na Champions, assim como a Real Sociedad. O Feyenoord está a lutar pelo apuramento, o Leverkusen está a fazer um grande trabalho na Alemanha, penso até que o último jogo que perderam foi em Roma. Se fosse outro treinador a fazer isto a história seria completamente diferente. Para mim, sinceramente não é um problema, isto é algo que me acompanhou em toda a carreira. Há 10 anos não me chateava, podem imaginar agora. A Roma e os adeptos merecem mais respeito, mas isto é uma alegria para os pseudo adeptos e pseudo intelectuais do futebol», concluiu o português.

Nesta altura, a Roma ocupa o 7.º lugar da Serie A, com 18 pontos em 12 jornadas

Na mesma entrevista, José Mourinho revelou ter praticamente a certeza de que, um dia, não revelando quando, vai trabalhar no futebol saudita. No último verão, o técnico luso rejeitou uma proposta multimilionária do Al Hilal, onde iria receber 30 milhões de euros por ano num contrato de três temporadas.

«Tenho de dizer a verdade: penso que irei para lá. Mas quando digo isto não quer dizer que seja amanhã ou depois de amanhã.»

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