Moreno homenageado no regresso a Guimarães
Antigo técnico do Vitória, atualmente ao serviço do Chaves, foi distinguido na gala dos vimaranenses com o prémio «Conquistador Marinho Peres»
É natural de Guimarães, fez grande parte da carreira de jogador ao serviço do Vitória, iniciou o seu percurso de treinador nos vimaranenses e, como tal, foi sem surpresa que Moreno Teixeira tivesse sido homenageado pelo clube na noite desta quarta-feira. Mesmo que, atualmente, o técnico esteja ao serviço de outro emblema, no caso, o Chaves.
Moreno, um vitoriano de gema, recebeu, na Gala dos Conquistadores, o prémio de melhor treinador do ano, agora designado de 'Conquistador Marinho Peres', em homenagem ao malogrado técnico brasileiro, recentemente falecido, e que teve duas passagens pelo banco do Vitória (1986/1987 e 1992/1993). Na altura de discursar para uma plateia fervorosa de adeptos do emblema minhoto, Moreno não escondeu a emoção e partilhou o prémio com todos aqueles que trabalham no clube.
«Quero agradecer e partilhar. Agradecer às pessoas que acharam que eu era merecedor deste prémio e partilhar com uma equipa técnica composta por pessoas super competentes e super leais, o Nuno Santos, o Ricardo Martins, o Rui Cunha, o Douglas, o João Aroso e o Nuno Madureira. Fazem muito parte disto. Agradeço também ao presidente, tem responsabilidade neste prémio. Não foi fácil apostar, ter a coragem de apostar num jovem treinador da equipa B, dar o suporte que nos deu, também o senti. Senti-o sempre de uma forma muito clara ao longo da época. Faço questão também de partilhar com pessoas que nos acompanharam no ano passado, que não aparecem nas televisões, que às vezes são mal remuneradas, mas que têm uma importância incrível no sucesso dos grupos de trabalho».
As palavras de Moreno estenderam-se, também, aos jogadores que orientou na época passada e que lhe permitiram conduzir o Vitória de Guimarães ao 6.º lugar da Liga e consequente apuramento para a Liga Conferência. «Não me posso esquecer daqueles que são os mais importantes. No futebol não há milagres, não há treinadores que tenham sucesso sem bons jogadores, sem bons profissionais, sem grandes homens. Tivemos a sorte de ter do melhor que há no campeonato. Disse-o várias vezes e repito, os profissionais do Vitória, muitos estão cá, são do melhor que existe neste campeonato. Este prémio é todo deles», confessou.