PSV insistiu no empréstimo mas leões disseram não; esta e outras histórias dos bastidores do mercado em Alvalade; as contas das entradas e das saída
A janela de inverno do mercado de transferências esteve aberta todo o mês de janeiro e na hora de a fechar, as oficializações revelaram os movimentos mas outras histórias ficaram por contar. Em Alvalade a de St. Juste ficou mesmo para o último dia, com o derradeiro ataque do PSV, que viu a administração leonina, e o treinador Rúben Amorim, travar qualquer possibilidade de saída do central de 27 anos. O defesa fica, os verdes e brancos disseram rotundo não aos neerlandeses.
Líder do campeonato dos Países Baixos avança mesmo para o central leonino; empréstimo com opção de compra; SAD quer reaver investimento de €10 milhões feito no verão de 2022
O PSV voltou ao ataque a St. Juste nas últimas horas do mercado e colocou em prática o operação relâmpago que tinha preparada para tentar resgatar o central que tem contrato com o Sporting até junho de 2026. Mas bateu com a cara na porta, porque Rúben Amorim conta com o jogador, apesar das lesões que o têm afastado do grupo desde que chegou a Alvalade no verão de 2022 — e já foram sete —, e porque a proposta não convenceu a administração a mudar de opinião: o emblema de Eindhoven propôs um empréstimo com opção de compra de 10 milhões de euros, a SAD só admitia saída definitiva, ou com cláusula praticamente obrigatória, também sempre a pensar em reaver o investimento feito há ano e meio, precisamente os 10 milhões de euros — St. Juste foi contratado ao Mainz, da Alemanha.
Nesta história de St. Juste apareceram ainda outros protagonistas, de outras latitudes, mas nenhum com argumentos para demover os verdes e brancos da continuidade do central.
Diomande, Inácio, Gyokeres...
Diamantes de Alvalade, Ousmane Diomande, Gonçalo Inácio e Viktor Gyokeres são três dos mais cobiçados jogadores do Sporting. Todos estão a ser seguidos de perto por grandes clubes europeus mas nenhum se chegou à frente para tentar contratação de inverno. As cláusulas de rescisão — 80, 60 e 100 milhões, respetivamente — eram nesta altura proibitivas e assim a administração de Frederico Varandas pôde cumprir a promessa feita a Rúben Amorim: vendas em janeiro nunca abaixo desses valores de referência.
Outros jogadores tiveram possibilidade saídas definitivas. Como Dário Essugo, com proposta de Inglaterra mas que, por ser esperança para o futuro em Alvalade, acabou por ficar e sair apenas por empréstimo para rodar até final da época no Chaves, uma vez garantida a aquisição de Koba Koindredi por 4 milhões de euros — o defesa-central brasileiro Rafael Pontelo chegou do Leixões e foi a outra aquisição de janeiro em Alvalade, por 750 mi euros (ver quadros).
As contas
Se com as contrações efetuadas a janela de inverno significou um investimento de 4,75 milhões de euros por parte da administração sportinguista, desta vez saídas apenas houve por empréstimo, os principais ativos ficaram para Amorim numa época em que se acredita no título em Alvalade.
O investimento foi relativo, não tão grande como nas temporadas anteriores — €9,9 milhões em 2018/2019; €6 M em 2019/2020; 16 milhões em 2020/2022, apenas na contratação de Paulinho; €7,75 M em 2021/2022; 8,5 milhões em 2022/2023 (ver quadros) —, e abdicou-se de grande encaixe no imediato: o título continua no horizonte mas Amorim precisa de todos para lutar até ao fim.