«Mbappé? Fazer o que Ronaldo fez no Real Madrid é impossível»
Cristiano Ronaldo e Mbappé
Foto: IMAGO

«Mbappé? Fazer o que Ronaldo fez no Real Madrid é impossível»

INTERNACIONAL09.12.202420:51

Ilicic falou sobre o avançado francês em véspera do duelo entre Real Madrid e Atalanta na Liga dos Campeões

Josip Ilicic, que passou por uma fase má que quase lhe terminava a carreira, mas graças aos esforços de recuperação, voltou a disputar um jogo pela seleção da Eslovénia, 955 dias depois, falou sobre os primeiros meses de Kylian Mbappé no Real Madrid.

«Creio que há um erro de fundo. No papel de Mbappé há um jogador que quase ganhou a Bola de Ouro. E está a ter que adaptar-se  como avançado-centro e eu não o vejo bem aí. Nota-se que procura sempre abrir onde está o Vinícius Júnior e, sinceramente, já o esperava. Ele está a sofrer muito como ponta de lança, tem menos espaço e pouco apoio para se libertar. A isto soma-se a pressão e as expectativas enormes. As pessoas imaginavam vê-lo a fazer o que fez Cristiano [Ronaldo] e isso é impossível. Messi e Ronaldo eram de outro planeta. Além disso, ele em França sentia-se mais defendido. No Real Madrid, a exigência é máxima e enquanto não marcares golos não vales nada. Ao Real Madrid falta uma referência na frente, um Benzema, que saiba jogar também de costas para a baliza, algo em que Mbappé sofre muito. Oxalá também sofra em Bérgamo», referiu, em entrevista ao AS, fazendo referência ao duelo entre Real Madrid e Atalanta, clube que representou, a contar para a sexta jornada da Liga dos Campeões.

O internacional esloveno recordou a Covid-19 e os tempos difíceis que quase fizeram com que terminasse a carreira.

Ilicic é a prova viva da força da saúde mental

26 junho 2024, 18:37

Ilicic é a prova viva da força da saúde mental

Craque da Atalanta passou por fase má que quase lhe terminava a carreira, mas graças aos esforços de recuperação, voltou a disputar um jogo pela seleção da Eslovénia, 955 dias depois

«Começava a sentir algo diferente de mim. Já não aguentava. Se não estás bem mentalmente, não aguentas fisicamente. E se não posso dar tudo, prefiro dar um passo atrás. Não aceitava estar no banco e o futebol não é apenas dinheiro. Se não teria ido para a China ou Arábia Saudita. O futebol é amor. Desde que comecei a andar, a bola esteve sempre comigo. Depois de um mês de confinamento pedi ao clube para sair. Estava a sofrer demasiado sem a minha família», atirou.