Liga 2 Leixões acusa Covilhã de «tentativa de assalto» e vai agir judicialmente

A SAD do Leixões, notificada pela Comunicação Social, reagiu com «estupefação» à providência cautelar requerida ao Tribunal Arbitral do Desporto para travar a validação do licenciamento dos matosinhenses para os campeonatos profissionais.

«À semelhança do que aconteceu na época transata, 2022/2023, com outro clube despromovido dentro de campo, estamos perante mais uma tentativa de assalto a um lugar que não lhes pertence. Não se pode, nem deve, de forma alguma, premiar a incompetência pelos maus resultados desportivos. No desporto, como em qualquer outra atividade, deve imperar sempre a meritocracia. Por isso, vamos propor, em assembleia geral da Liga Portugal, que as descidas sejam automáticas. A haver um lugar por preencher, esse deve ser ocupado por um emblema do escalão inferior. Não repescar quem desceu», acusa e defende a SAD do Leixões em comunicado, assegurando estar tranquila e anunciando que vai agir judicialmente contra os serranos:

«Estamos, como sempre estivemos, tranquilos. Cumprimos todos os pressupostos para o licenciamento na Liga Portugal e temos vindo a trabalhar afincadamente para honrar o Leixões SC, os leixonenses e a cidade de Matosinhos. Por isso, não aceitamos que, numa fase importante da época, criem instabilidade no Leixões SC e atentem ao bom nome de um clube com 115 anos de história. Assim, iremos avançar judicialmente contra o SC Covilhã e todos aqueles que coloquem em causa a honorabilidade do Leixões SC.»

Para os associados leixonenses, o Conselho de Administração presidido por André Castro deixou também há uma palavra.

«Aos nossos sócios e adeptos, apelamos que estejam totalmente tranquilos e descansados. Estamos a trabalhar para uma época recheada de vitórias e não nos deixaremos afetar por cortinas de fumo, que nos tentam desviar do caminho que pretendemos percorrer», finalizou a nota.

Esta segunda-feira, o Covilhã, que foi despromovido à Liga 3, anunciou ter interposto uma providência cautelar na qual figuram como contrainteressadas a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e o Leixões.

O clube serrano sustenta que os matosinhenses não cumpriram os pressupostos, nomeadamente os financeiros, para poderem competir nos campeonatos profissionais, pelo que entendem que o organismo que os tutela não poderia ter validado o licenciamento.

Recorde-se que no final da última época, o Leixões foi punido com a perda de um ponto na classificação final da Liga 2 depois de o Tribunal Central Administrativo Sul (TCA) ter confirmado a decisão do Conselho de Disciplina da Federação, de agosto de 2022, que castigou o clube de Matosinhos por incumprimento salarial.

A SAD do Leixões optou então por não recorrer desta última decisão por forma a que o castigo não produzisse efeitos em 2023/2024.