Lage e a contestação no Botafogo: «Os adeptos podem assobiar quem eles entenderem»
Bruno Lage (IMAGO/Sports Press Photo)
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Lage e a contestação no Botafogo: «Os adeptos podem assobiar quem eles entenderem»

INTERNACIONAL03.10.202309:00

Treinador português explicou ainda a razão para ter deixado Tiquinho Soares de fora do onze

Bruno Lage foi assobiado pelos adeptos do Botafogo depois do empate com o Goiás, de Armando Evangelista. O fogão não vence desde o fim de agosto. O treinador, que bateu palmas enquanto os adeptos o assobiavam, negou que estivesse a ser irónico.

«As palmas foram de apoio. Os adeptos podem assobiar quem eles entenderem. Estou a agradecer o facto de continuarem a apoiar a equipa. Não tenho dupla cara, não sou hipócrita, tenho falado da forma como os adeptos apoiam a equipa. E têm o meu agradecimento por nos terem apoiado», referiu, em conferência de imprensa, lembrando Luís Castro, que deixou o Botafogo para rumar ao Al Nassr.

«A vida de treinador é esta. Também chamaram os nomes que chamaram ao homem que esteve aqui antes de mim. Faz parte desta profissão. Se não me sentisse confortável nesta posição, teria ficado a treinar meninos de 8, 9 ou 10 anos. Não há problema», apontou.

O técnico português surpreendeu ao deixar Tiquinho Soares no banco. O avançado ex-Nacional, Vitória de Guimarães e FC Porto acabaria por entrar e fazer o golo do empate.

«A primeira bola de golo no jogo é do Diego [Costa], que é quase um penálti. Mas não substituímos o Tiquinho por um jogador qualquer. Substituímos pelo Diego Costa. Um jogador experiente, que já foi campeão brasileiro, jogou na Premier League. O Tiquinho tem sido importante. Tem feito os golos que tem feito, mas vem de uma lesão difícil. Na minha opinião, nos últimos não foi aquele Tiquinho que víamos antes da lesão. Tendo um jogador como o Diego, tomámos a decisão de o colocar na frente. Mas há sempre esta opção de jogarem os dois juntos. Nada de tirar mérito ao Tiquinho», completou.

Sobre a pressão: «Surge em função da posição em que o Botafogo está. E com alguns pontos de vantagem, as pessoas querem que o título apareça o mais rápido possível. Independente do empate, é mais um ponto. Pressão há em todo o lado. Quem venceu nesta jornada? A pressão não está só no nosso lado, também do outro. Temos de aprender a conviver com isso.»