José Mota resignado: «Estoril ganha bem, porque marcou quatro golos»
Técnico do Farense considerou que a grande diferença esteve na eficácia, capítulo no qual os canarinhos se revelaram mais inspirados que os algarvios
Depois de o Farense não ter conseguido evitar ser vergado a uma goleada na deslocação ao Estoril, José Mota mostrou-se um treinador resignado na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro. «O Estoril ganha, e ganha bem, porque marcou quatro golos», resumiu o técnico, que descortina num movimento técnico a resposta para quase todos os golos que os leões de Faro sofreram na partida.
«O passe atrasado dentro da grande área é uma das grandes virtudes desta equipa do Estoril e nós estávamos avisados. Mas isto, no futebol, avisa-se todos dias e trabalha-se todos os dias e a verdade é que acontecem sempre este tipo de pormenores. Considero que nós tivemos as melhores oportunidades, porque as tivemos, e o Estoril, com aqueles cruzamentos ali, a vir para trás, consegue três golos e, lá está, é eficácia», salienta José Mota.
O experiente técnico do conjunto algarvio atribui à eficácia a diferença no resultado, que considera pesada tendo em conta os valores apresentados e as ocasiões de golo que os seus comandados também produziram, ainda que sem aproveitamento. «O Estoril, nos momentos em que se calhar mais precisava, teve o seu momento: foi à entrada do primeiro tempo, do segundo tempo… este é um jogo em que o Estoril ganha porque teve eficácia», insistiu.
«Nesse sentido, o Estoril teve excelentes atuações esta época, mas hoje até nem o foi e o Velho até nem teve muito trabalho, até teve mais trabalho o guarda-redes do Estoril», opinou ainda José Mota, que considera que, nesta partida, tudo se resumiu a pouca inspiração dos seus comandados no momento defensivo e uma baixa eficiência nas várias situações de finalização de que o Farense dispôs durante o encontro.
«Considero que nós tivemos as melhores oportunidades, porque as tivemos, e o Estoril, com aqueles cruzamentos ali, a vir para trás, consegue três golos e, lá está, é eficácia. Muitas vezes o Estoril vai ter estes jogos assim, e não vai conseguir finalizar porque o adversário está mais concentrado e melhor posicionado», conclui o técnico de 59 anos, que reconhece que o Farense não mostrou, na Amoreira, o rasgo de outras tardes.