«Jorge Jesus disse-me: 'Tu não és brasileiro, com essa receção deves ser é venezuelano...'»

Malcom, avançado brasileiro do Al Hilal, revelou algumas histórias sobre a convivência com Jorge Jesus e até uma interação com Cristiano Ronaldo

Formado nas escolas do Corinthians, onde fez a sua estreia como profissional e, depois das passagens por França (Bordéus), Espanha (Barcelona) e Rússia (Zenit), Malcom nunca se sentiu tão em casa, como na Arábia Saudita. Na época de estreia na Arábia Saudita, onde representa o Al Hilal desde 2023, Malcom fez 25 golos em 52 jogos, o que já indicou a boa adaptação à nova realidade.

«Estou muito feliz e a minha família também. Aqui eu sinto-me no Brasil, está sempre quente, os árabes do meu clube são super receptivos, boas pessoas, então para mim foi super fácil a adaptação», afirmou o avançado brasileiro em entrevista ao Globo Esporte.

Desde a chegada à Arábia Saudita que Malcom trabalha diaramente com Jorge Jesus. Para o jogador, o comportamento impusltivo do treinador é um dos fatores determinantes para a motivação da equipa do Al Hilal: «Ele é um treinador fantástico, o que ele faz de tática, acho que ele é um dos melhores do mundo. Ele é um pouco chato porque ele quer vencer, mas nós entendemos.»

Malcom contou um episódio nos treinos do Al Hilal que retrata bem a exigência de Jorge Jesus. O português transformou o brasileiro, que até então atuava como extremo direito, em segundo avançado, mas o processo, segundo Malcom, não foi fácil: «Ele disse-me que íamos treinar [jogar pelo meio]. [Durante um treino de posse de bola e finalização] A bola veio, eu errei a receção. Ele parou, olhou para mim e disse: 'Tu não és brasileiro. Com essa receção deves ser é venezuelano ou do Bahrein.»

Jorge Jesus não é o único português do qual Malcom guarda boas recordações na Arábia Saudita. No clássico saudita entre Al Hilal e Al Nassr, o brasileiro já enfrentou Cristiano Ronaldo cinco vezes. Numa dessas vezes, Malcom revelou que teve uma interação curiosa com CR7.

«Ele veio ter comigo e disse: 'e aí, molequinho, beleza?' [com sotaque]. Como ele estava com um torcicolo nesse dia, eu perguntei se tinha melhorado. Ele respondeu: 'Não consigo virar a cabeça... mas dá para fazer golo, dá para fazer golo'. Eu disse-lhe: 'não, hoje não vais'», revelou o avançado brasileiro.