Joana Marchão: Portugal «merece» a primeira vitória fora de casa na Liga das Nações
Esquerdina, que celebra o 27.º aniversário esta terça-feira, aponta ao triunfo da seleção nacional feminina sobre a Áustria, que constituiria o primeiro na condição de visitada na competição
Esta semana revela-se especial para Joana Marchão, que surgiu no Auditório n.º 1 da Cidade do Futebol em dia de aniversário – a lateral cumpriu 27 anos e esta sexta-feira pode alcançar a 40.ª internacionalização AA por Portugal num jogo em que, caso derrote a Áustria, a equipa nacional poderá concretizar a primeira vitória fora de portas na Liga das Nações feminina.
«Representar Portugal é sempre especial, são vários anos nesta casa. Claro que ficaria muito feliz pela vitória, não só por fazer esse número de jogos, mas também porque esta equipa merece e vai trabalhar para isso», garantiu, em conferência de imprensa de antevisão à partida marcada para esta sexta-feira.
A lateral esquerdina apontou a um encontro de vital importância para as duas equipas pela melhor colocação possível no Grupo B da competição. «Estamos à espera da melhor Áustria possível, para também estarmos ao nosso máximo, e acreditamos que vem na sua máxima força, que é um jogo importante tanto para nós como para elas, portanto não acho que vão ficar à nossa espera. Acho que vão jogar connosco de olhos nos olhos», apostou a jogadora dos suíços do Servette, em dia de aniversário.
Marchão é candidata a um lugar nas laterais defensivas da equipa nacional…e é detentora de um assinalável hábito de vitória, dado não ser derrotada há mais de meio ano, mais concretamente desde maio, quando ainda representava o Parma e esse emblema foi derrotado na derradeira jornada da Serie A italiana 22/23.
Desde então, Joana Marchão não mais foi derrotada em campo, visto não ter participado nas duas últimas derrotas sofridas pelo conjunto luso frente aos Países Baixos, no decurso do último Mundial (1-0), e frente à França, na jornada inaugural desta mesma Liga das Nações (2-0), juntando-se a isso o facto de o Servette, que a jogadora representa, estar invicto na liga helvética.
Apesar disso, a canhota de 27 anos não se considera talismã. «Só quero ser feliz a fazer o que gosto, que é ganhar por Portugal e pelo clube. Não, não me considero nenhum talismã. Só quero que Portugal ganhe e mesmo eu jogando ou não, estando no banco ou até em casa, eu ganho e perco com as minhas colegas, sempre», garantiu, integrada no espírito da equipa, independentemente do resultado que esta obtenha.
Na sessão da manhã, destaque para a presença do presidente da FPF, Fernando Gomes, ao passo que o treino da tarde, em função do temporal que se abateu esta tarde sofreu alterações. A equipa técnica nacional cancelou a sessão que estava prevista para o relvado n.º 1 do quartel-general das seleções nacionais e as comandadas de Francisco Neto realizaram apenas trabalho de ginásio.
Portugal discute o acesso à fase final depois de ter sido derrotado pela França na jornada inaugural (2-0) e vencido na receção à Noruega (3-2) e agora, para as terceira e quarta jornadas do Grupo 2 da Liga A, tem como adversário a Áustria, que se encontra atrás da equipa portuguesa em função de ter empatado com a Noruega e ter também perdido com a França.
Ao fim de duas jornadas realizadas, as Navegadoras ocupam o segundo lugar do grupo, com três pontos, apenas atrás da França, líder isolado com seis pontos conquistados, com Áustria e Noruega, ambas com um ponto, a partilhar o último posto.