Inês Pereira: «Não estou elegível para jogar na liga inglesa»
Inês Pereira ao serviço da Seleção Nacional
Foto: IMAGO

Inês Pereira: «Não estou elegível para jogar na liga inglesa»

FUTEBOL FEMININO21.07.202410:23

Guarda-redes trocou o Servette pelo Everton, mas irá representar o Deportivo na próxima temporada

A guarda-redes internacional portuguesa Inês Pereira tem sido uma das protagonistas deste mercado de transferências. A jogadora de 25 anos trocou o Servette (Suíça) pelo Everton (Inglaterra), mas foi, de seguida, emprestada aos espanhóis do Deportivo, recém-promovidos à primeira divisão.

Em entrevista à Forbes, a guardiã explicou o processo da transferência: «O Everton sempre demonstrou muito interesse em mim. Infelizmente, não estou elegível para jogar diretamente na liga inglesa, por não ter os pontos suficientes. Mesmo com esta condicionante, o Everton não desistiu da minha contratação. O Deportivo, também, desde o início quis contar comigo. No final, fruto desta condicionante, assinei pelo Everton e fui emprestada ao Deportivo

A mesma fonte adianta que, para estar elegível para jogar na liga inglesa, a guarda-redes portuguesa necessitava de um total de 24 pontos, sendo que, no final da época passada, somou apenas 20. Os pontos são conquistados mediante, por um lado, o clube e a liga onde está inserida, e, por outro, a seleção e o seu lugar no ranking. Dentro de cada um destes pontos, vários são os fatores a ter em conta: percentagem de jogos jogados, títulos, qualificações, entre outros.

A nível de clubes, Inês Pereira somou o máximo de pontos possível (20) mas ao serviço da Seleção Nacional não somou qualquer ponto, pois, além de dividir o tempo em campo com Patrícia Morais, Portugal ocupa apenas a 21.ª posição no ranking.

Inês Pereira conquistou a Taça e a Liga suiça ao serviço do Servette, na temporada passada

A solução encontrada foi, então, o empréstimo ao Deportivo, que atua numa liga onde poderá somar mais pontos, que a poderá deixar, no ano seguinte, elegível para jogar na liga inglesa.

«Penso que será muito positivo para mim ter esta experiência na liga espanhola, que a par da liga inglesa é a melhor liga da Europa, antes de rumar a Inglaterra. Estou muito feliz com este desfecho», referiu a guarda-redes.

Por fim, a internacional por Portugal comentou a situação da liga portuguesa e o facto de várias jogadores estarem a sair para ligas estrangeiras: «Infelizmente a nossa liga ainda não é profissional, é um passo que espero que possamos dar em breve, para que a nossa liga se possa tornar mais competitiva e também apelativa para as jogadoras portuguesas e também para as de fora. No entanto, em alguns clubes, a jogadora portuguesa pode fazer do futebol o seu trabalho, como é o caso do Benfica e do Sporting

«[A saída de jogadoras para o estrangeiro] Representa a qualidade cada vez maior da jogadora portuguesa. Estou segura de que vão existir cada vez mais clubes a observar o talento português e a querer-nos na sua equipa. Há muita qualidade em Portugal e espero que este mercado tenha sido o ponto de viragem e apenas o início de algo bonito para todas as jogadoras portuguesas», concluiu a jogadora.