«A UD Leiria não quer estar contra a lei, quer é um mecanismo de celeridade»
Armando Marques, presidente da UD Leiria (Paulo Costa Dias)

«A UD Leiria não quer estar contra a lei, quer é um mecanismo de celeridade»

NACIONAL10.07.202416:57

Presidente Armando Marques considera positiva a regulação da entrada de estrangeiros em Portugal, mas pede menos burocracia e mais objetividade

A nova legislação sobre imigração está a deixar os clubes preocupados e no caso da UD Leiria o problema não está relacionado com a lei em si, mas com a burocracia que impede que as questões dos jogadores extra-comunitários contratados sejam resolvidas em tempo útil.

«O Governo, a Liga e a Federação devem olhar para isto não com a burocracia que normalmente se utiliza, mas com objetividade. A UD Leiria não quer estar contra a lei — acho bem regularmos a entrada de estrangeiros em Portugal —, o que queremos é um mecanismo de celeridade contra esta situação», disse a A BOLA o presidente dos leirienses.

«Entendemos o espírito da lei e está correto, e não é que o desporto seja diferente dos outros casos, não queremos fugir à responsabilidade, mas falamos de gente contratada e o que se pretende é que seja célere», explicou Armando Marques, mostrando-se otimista: «O Governo terá a sensibilidade necessária para que os problemas que os clubes têm sejam resolvidos de forma simples, com documentos, e de certeza que vai arranjar solução para agilizar a situação.»

E deu exemplos: «Equipas como o SC Braga e o Vitória vão já representar Portugal e têm problemas de inscrição de jogadores, investiram e têm este problema. Não faz sentido contratar mão de obra qualificada lá fora, porque somos instituições de bem, certificadas, estamos na plenitude de fornecer à economia o progresso de que precisa, e depois por questão de burocracia não poder inscrever.»

«É algo que tem de ser resolvido o quanto antes. No nosso caso, e na maior parte dos casos, há jogadores que já estão contratados, já fizemos despesa, mas falta o pedido de papel. Sabem qual será o fim, o visto é inerente, se tem contrato de trabalho, é visível...», reforçou.

Na origem da preocupação de FPF, Liga e clubes está o Decreto-Lei n.º 37-A/2024, de 3 de junho, que extinguiu a mera manifestação para estrangeiros que pretendam residir e trabalhar em Portugal.

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