17 janeiro 2025, 23:11
Tarja dos No Name não era para Pinto da Costa: a explicação
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Benfica esteve sempre no controlo das operações, mesmo nos momentos em que decidiu jogar com piloto automático. Schjelderup vai ser um caso muito sério…
Numa partida em que nunca houve incerteza quanto ao destino dos três pontos, Bruno Lage apresentou uma novidade, antes timidamente ensaiada mas sem a continuidade que a partir de agora deve ter, que teve a ver com o posicionamento de Leandro Barreiro, assumindo o internacional luxemburguês uma missão híbrida, que passava por pressionar alto na saída de bola do Famalicão, ter segurança de passe quando se juntava a Florentino e Kokçu para trabalhar no meio-campo, e, acima de tudo, revelar uma capacidade de chegada, vindo de trás, à área adversária, que não se via no Benfica desde os melhores dias de Pizzi. Foi assim que Leandro Barreiro chegou ao ‘hat-trick’, o primeiro golo feito com um toque subtil, à ponta de lança, o segundo após assistência de Schjelderup e o último, também a passe do norueguês, surgindo com pezinhos de lã, ao segundo poste da baliza minhota.
O Famalicão, que bem quis esticar até às imediações de Trubin o 4x2x3x1 que preparou para este jogo, nunca assustou um Benfica defensivamente diferente (a única hipótese de marcar, aos 55 minutos, por Sorriso, deveu-se a um erro de Otamendi). E defensivamente diferente, porquê? Essencialmente porque a equipa foi muito mais eficaz na pressão, com Akturkoglu e Schjelderup a trabalhar nas alas, Barreiro a fechar o meio, e Florentino a proteger os centrais, enquanto que Kokçu, o maestro da equipa, ajudava na meia-esquerda. Será que quando Di María, o virtuoso, regressar, o Benfica consegue jogar assim, em modo de rolo compressor? Provavelmente não, porque haverá que encontrar uma fórmula para compensar o que o mago argentino já não faz defensivamente. Uma questão de fundo a que Bruno Lage deverá dar resposta.
17 janeiro 2025, 23:11
Tarja com as iniciais do antigo presidente do FC Porto levantou a dúvida
O que se viu no ‘poker’ ao Famalicão, que não ganha um jogo desde 3 de novembro do ano passado, foi uma grande sintonia coletiva quando tocou a pressionar, o que permitiu a Trubin uma noite descansada, exceção feita ao ‘soluço’, já mencionado, de Otamendi.
Mas se do ponto de vista defensivo o Benfica melhorou globalmente (e nenhuma equipa que não defenda bem alguma vez será campeã nacional), na ótica atacante também há muito a dizer. A começar por Schjelderup, que faz coisas do arco-da-velha, assistiu duas vezes para golo, meteu velocidade no flanco esquerdo sem medo de encarar o um-contra-um e, ao mesmo tempo, deu a ideia de estar apenas a mostrar um terço do seu potencial. Há uma estrela que se está a revelar na Luz, assim quem de direito acredite nele e aproveite um futebol alegre e ofensivo, que não se esquece de defender, e que vai pecando, sobretudo, por demasiada sofreguidão quando na posse da bola.
Depois, Leandro Barreiro, que tem golo, ‘timing’ de chegada à área (como Pizzi, ou como o leão Pedro Gonçalves, jogadores que não estão, mas aparecem, para finalizar), e deixou tudo em campo, agarrando com unhas e dentes a oportunidade de jogar onde mais gosta. E há Kokçu, de batuta na mão e cabeça levantada, a pautar o jogo com autoridade, revelando-se um oito moderno, a defender e a fazer jogar, o que permite a Florentino atuar como mais gosta, ou seja sem ter um parceiro ao lado (Javi García, Matic e Fejsa também eram assim).
Afinal, como jogou o Benfica, em 4x3x3 ou em 4x2x3x1? Pelo posicionamento na cabeça da área de Florentino, recuado em relação a Kokçu, que baixava para distribuir jogo e a Barreiro, que se adiantava para dar apoio a Pavlidis, falar-se em 4x3x3 será mais correto porque, embora, por vezes, Kokçu surgisse ao lado de Florentino, nunca houve lógica ou dinâmica de ‘duplo pivot’.
Perante este quadro, o Famalicão ainda tentou agitar a frente de ataque com Sejk (63), mas houve sempre mais Benfica, mesmo naqueles momentos de menor fulgor, em que os encarnados baixaram propositadamente a intensidade do jogo, para a seguir acelerarem. E por falar em aceleração, que dizer da velocidade de João Rego no lance de quarto golo, em que sprintou pela direita, passou a Akturkoglou, que de seguida assistiu de calcanhar o compatriota Kokçu para o golo de mais belo efeito da noite?
17 janeiro 2025, 22:57
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