Gabri cultiva Horta preenchida (crónica)
Extremo espanhol esteve em destaque com um golo e uma assistência no particular diante do Rayo Vallecano. (Foto: SC Braga)

SC Braga-Rayo Vallecano, 2-2 Gabri cultiva Horta preenchida (crónica)

NACIONAL18.07.202422:40

Extremo espanhol empatou e assistiu capitão para a reviravolta; Rodrigo Zalazar, que teve influência direta no primeiro golo, fruto de uma pressão alta que redundou em sucesso, encheu o campo; empate na reta final não deslustra exibição bracarense

O facto de ter sofrido o golo do empate não retira ponta de qualidade à exibição do SC Braga. É, apenas e só, um aviso para que a concentração em jogos oficiais tenha de estar no limite até ao último apito. Porque, afinal, antes disso houve tempo mais do que suficiente para que ficassem confirmados os bons sinais que os arsenalistas têm vindo a deixar ao longo desta pré-temporada.

O encontro até nem começou nada bem para os guerreiros do Minho, fruto do golo de Pelayo Fernández, logo aos 13 minutos – nos instantes seguintes à saída de Paulo Oliveira, devido a lesão -, mas a partir daí assistiu-se a uma reação forte e proveitosa dos comandados de Daniel Sousa. Já depois de Roger Fernandes desperdiçar um golo cantado, após assistência de El Ouazzani, Gabri Martínez fez mesmo o empate. E bem pode agradecer a Rodrigo Zalazar (que jogaço!): recuperação alta do uruguaio e o espanhol, já na área, fletido para a esquerda, rematou certeiro, contanto ainda com um desvio inadvertido de Aridane Hernández.

Os minhotos ficaram ainda mais moralizados e El Ouazzani, primeiro, e Roger Fernandes, depois, ameaçaram a reviravolta. Mas a cambalhota no marcador chegaria mesmo ainda antes do intervalo. Já depois de ter feito o gosto ao pé, Gabri Martínez assistiu na perfeição Ricardo Horta para o 2-1. O remate cruzado, rasteiro, do capitão foi, podemos dizer, um passe à baliza. Mas foi de tal forma açucarado que… deu golo.  

Já após o reatamento, voltou a haver mais SC Braga. Os arsenalistas são, percebe-se, uma equipa muito confortável em posse e a jogar no meio-campo ofensivo, mas demonstraram, aqui e ali, algumas lacunas na transição defensiva, algo que também pode estar relacionado com o desgaste físico nesta fase da preparação.

O Rayo Vallecano não estava satisfeito com a desvantagem e Gerard Gumbau, de cabeça, atirou à barra. Era o aviso para o que viria perto do fim: cavalgada de Marco de las Sías pela direita e remate para o 2-2. Simon Banza, no último suspiro, ainda espreitou o triunfo…