Florentino eleva-se até como goleador no Benfica

Médio foi um dos melhores com o Gil Vicente e foi também o autor de um golo. Passou jejum de mais de cinco anos e agora marcou duas vezes em 15 dias

Roger Schmidt, depois de uma vitória sobre o Gil Vicente, em fevereiro, considerou Florentino «uma dádiva para qualquer treinador». Bruno Lage, depois de uma vitória sobre o Gil Vicente, ontem, partilhou que ficou «muito feliz» pelo golo de Florentino. O médio de 25 anos de quem os dois técnicos tanto gostam está a elevar-se na equipa. Com os minhotos, ontem, foi um dos melhores em campo e mostrou que passou a ser ameaça também ofensiva, nas bolas paradas.

Florentino soma três golos na carreira, todos sob o comando de Bruno Lage. Marcou o primeiro no triunfo encarnado sobre o Moreirense (4-0), em Moreira de Cónegos, na época 2018/2019, com o pé direito, após um canto. Passaram, entretanto, cinco anos, cinco meses e 28 dias para voltar a festejar. Aconteceu, esta temporada, com o Santa Clara (4-1), também de bola parada, de cabeça e após assistência de Nicolás Otamendi. Ontem, 15 dias depois, com o Gil Vicente (5-1), um golo «praticamente igual», assinalou Bruno Lage, também após um canto e outra vez com a intervenção de Otamendi. «Revela trabalho», vincou o treinador do Benfica.

Florentino, para Schmidt, é um dádiva por dar sempre tudo em campo, ser muito disciplinado e estar sempre ao mais alto nível. «Não é importante se é titular ou entra, afeta sempre o jogo de forma positiva. É um jogador de topo, muito bom para a equipa», explicou o treinador alemão.

A começar a quinta temporada na equipa principal, num percurso interrompido por dois empréstimos sem sucesso, ao Mónaco e Getafe, Florentino é titular desde o início da época. Mas está a elevar o nível do jogo desde que Bruno Lage tomou conta da equipa e a justificar a alcunha de polvo que goza entre os benfiquistas.

Com o Gil Vicente, Florentino, segundo o site Sofascore, tocou 61 vezes na bola, acertou 40 dos 46 passes (87), dos quais dois longos, ganhou os dois duelos aéreos e três em seis no relvado, perdeu sete vezes a bola, cometeu uma falta, somou cinco interceções, fez três tackles e teve sucesso nos dois dribles que ensaiou. E, claro, marcou um golo. Para lá de ter deixado água na boca aos benfiquistas.