Treinadora do Benfica ficou encantada por poder experienciar esta «noite maravilhosa», em Paris, e pediu mais apoio para a continuação do crescimento do futebol feminino em Portugal
Filipa Patão marcou presença na cerimónia da Bola de Ouro, em Paris, ao ser nomeada para o prémio Cryuff, referente ao melhor treinador de futebol feminino do ano, e mostrou-se deliciada por poder ter vivido esta experiência, apesar de ter terminado no sexto lugar da lista liderada por Emma Hayes.
Filipa Patão ficou em sexto lugar e foi derrotada pela selecionadora dos EUA, que também treinou o Chelsea, enquanto o técnico do Real Madrid venceu na categoria masculina
«É uma honra estar aqui no meio de tantas personalidades do futebol que já deram tanto ao futebol, em geral, e fazer parte das seis melhores treinadoras do futebol feminino é, sem dúvida alguma, uma honra. É representar um país, um clube, neste caso do Benfica e toda a aposta que tem feito no feminino… só posso estar orgulhosa neste dia e foi aproveitar estar aqui, todo o trabalho que tem sido feito ao longo destes anos. Foi um dia maravilhoso», começou por dizer, em entrevista à Sport TV, antes de falar sobre a evolução do futebol feminino.
«É uma valorização que estão a tentar fazer ao longo dos anos do desporto feminino, e não apenas do futebol masculino, e em Portugal tem-se visto isso, neste caso no meu clube, o Benfica, tem-se visto isso ao longo do tempo. Cada vez mais temos de caminhar para a palavra futebol e não especificarmos se é masculino ou feminino. Claro que é sempre bom haver estes prémios, vermos que olham para o futebol feminino cada vez mais, mas interessa-nos que nos digam que aquela treinadora é uma excelente treinadora de futebol, aquela jogadora é uma excelente jogadora de futebol e que se comece a apagar um bocadinho o feminino e o masculino, porque é por isso que lutamos todos os dias. É uma honra enquanto portuguesa, enquanto treinadora e enquanto trabalhadora do Benfica estar aqui hoje a representar mais uma vez Portugal», garantiu, revelando ainda o que é preciso para ter mais representantes do futebol feminino português nestes palcos, agradecendo ainda o apoio de Rui Costa.
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«O passo é conseguimos ter mais Filipas, mais treinadoras e jogadoras presentes aqui neste palco. É um bom sinal, é um sinal de evolução do nosso futebol. Ter cada vez melhores recursos, melhores logísticas, que o país consiga promover as condições ideias para o desporto, porque somos um país de desporto, não somos só um país de futebol. Temos de olhar para isso cada vez mais como nós podemos melhorar a nossa cultura desportiva e isso tem muito a ver com as nossas infraestruturas, com a logística, com os recursos que, cada vez mais, têm de ser melhores no nosso país. O Benfica, felizmente, tem-nos dado todas as condições para trabalharmos, para que as atletas continuem a evoluir e não é por acaso que na época, a primeira que fizemos no Seixal, e tenho de agradecer ao nosso presidente Rui Costa por essa aposta e promoção que nos deu, assistimos ao Benfica a ganhar todos os títulos no feminino e a chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões. Isto é um convite a todos os clubes a apostarem, a cada vez mais darem melhores condições e à nossa Federação para continuar a apostar e a fazer um excelente trabalho com o futebol feminino», explicou, dando, por fim, a sua opinião sobre os «justos» vencedores da noite, Rodri e Emma Hayes.
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«Vão ser sempre todos justos vencedores, porque fazem todos um excelente trabalho. Porque dão muito de si no seu dia a dia, são pessoas que, tal como eu e como outros, fazem tudo para desenvolver ao máximo as suas profissões para conseguirem serem pessoas competitivas, competentes e exemplos para a sociedade para quem quer dar esses passos seja como treinadores ou como jogadores. Aqui não se pode falar de justo ou injusto», finalizou.