Conceição: «O que Arteta disse não foi bonito e respondi na mesma moeda»

FC Porto defronta, esta terça-feira, o Arsenal, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões

Sérgio Conceição quer ver um FC Porto «focado», «competitivo» e «concentrado» no Emirates frente ao Arsenal, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Os dragões venceram em casa, por 1-0, com golo de Galeno, levando, assim, vantagem para Londres.

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«Quero ver um FC Porto igualmente focado, concentrado, muito competitivo para poder enfrentar um jogo duríssimo, de grande nível, perante um adversário que poderá provocar problemas diferentes. E nós temos de perceber o que é que o jogo nos está a dar, perceber que é uma equipa, o Arsenal, que entra sempre muitíssimo forte em todos os jogos. E mais agora, não é? Uma equipa que tem este valor de mercado que está há 14 anos, que não passa aos quartos de final da Liga dos Campeões e que perdeu, ou está no intervalo da eliminatória, a perder um a zero, mais ainda. Acho que vai ser muito importante os primeiros 15, 20 minutos. E estou a olhar um bocadinho para aquilo que é o jogo e perceber o que é que temos de fazer perante essas características desta equipa. E depois, no decorrer do jogo, com certeza que vamos ter situações diferentes que podemos explorar, vamos ter situações diferentes em que o adversário vai nos querer também ferir. Faz parte da estratégia para o jogo e estamos preparados. Trabalhámos, como fazemos sempre em todas as provas que estamos inseridos, de forma a que os jogadores percebam o que é que têm a fazer perante diferentes problemas, no fundo», atirou, aos microfones da DAZN.

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Questionado sobre se existe esta temporada um Arsenal de duas faces: «Na fase de grupos, em casa, não perdeu uma vez. Ganhou sempre. Não vejo dessa forma. A vontade é grande da parte do Arsenal, até pelas declarações do seu treinador. Eu faço as minhas declarações e a nossa ambição também é grande. Por isso, eu acho que é esse nível, quem está nos oitavos da Liga dos Campeões, e no fundo, com a responsabilidade. A responsabilidade está nas duas partes. Estamos a falar de um clube histórico como é o FC Porto. Temos a responsabilidade de vir aqui e sermos competitivos. Agora, em termos de plantel, o tal valor de mercado da equipa do Arsenal e a nossa, a responsabilidade é mais, sem dúvida nenhuma, da parte do Arsenal. E nota-se essa ansiedade, até pelas declarações do próprio treinador no final do jogo, onde a pressão é grande. a nossa também, porque nós queríamos essa mesma pressão. E queremos muito passar aos quartos de final da Liga dos Campeões. Sabemos que é uma tarefa complicadíssima, mas vamos à luta. Estamos aqui para dar luta.»

O treinador dos azuis e brancos voltou a comentar as palavras de Mikel Arteta, timoneiro dos gunners, que referiu depois da partida no Dragão que o FC Porto não quis jogar. «É uma visão, eles quiseram jogar, nós quisemos ganhar», respondeu, na altura, Sérgio Conceição.

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«Estou habituado. Eu também sou um treinador que faço algumas declarações que, por vezes, a frio… Não é que me arrependa, porque não me arrependo daquilo que eu digo. mas se calhar não diria dessa forma. Eu acho que não foi bonito aquilo que ele disse da nossa equipa. Eu respondi, no fundo, com a mesma moeda, como se costuma dizer. Mas são declarações. As declarações não jogam. Quem joga são os jogadores. É a estratégia definida por uma equipa técnica e outra. É este ambiente fantástico que vamos ter, que tem de nos motivar e não tem de nos inibir. Temos os nossos adeptos, que são ainda bastantes, e que, a nível de paixão, são os melhores adeptos do mundo, os nossos. Por isso, é olhar para isso, isso sim, até o árbitro apitar o início do jogo. Depois, quem está envolvido e concentrado, no fundo, focado cada um nas suas tarefas, eu como treinador, os jogadores para jogar, todas essas declarações, extra, pós, pré-jogo, isto diz muito pouco, sinceramente», referiu.

Sérgio Conceição vai chegar esta terça-feira ao jogo 50 na Liga dos Campeões: «Escolher um jogo para inspirar os jogadores? Estou à espera do jogo que me possa inspirar. Pode ser que aconteça amanhã [hoje].»