FC Porto: Munícipio da Maia nega ilegalidades na aquisição dos terrenos
Academia do FC Porto na Maia. Foto: DR

FC Porto: Munícipio da Maia nega ilegalidades na aquisição dos terrenos

NACIONAL24.05.202413:40

Criticam ainda as declarações do vereador Francisco Vieira de Carvalho

A Câmara Municipal da Maia reagiu, esta sexta-feira. em comunicado, às alegadas irregularidades na aquisição dos terrenos, por parte do FC Porto para a construção da sua Academia. O Município nega todas as acusações e refere que «todas as notícias publicadas sobre essa matéria resultam de informações falsas prestadas por manifesta ignorância ou má-fé». «E revelam, sobretudo, um profundo desconhecimento sobre as normas aplicáveis à publicação de anúncios de hastas públicas no Diário da República, regulada pela Portaria 318-A/2023, de 25 de outubro», acrescenta a nota.

Esta polémica surgiu porque o líder da autarquia, António Silva Tiago, terá assinado o despacho para publicação em Diário da República sobre a venda dos terrenos ao FC Porto a 22 de março, ou seja, três dias antes da obrigatória votação na Assembleia Municipal sobre a hasta pública das 18 parcelas de terrenos que pertenciam à autarquia.

O Município nega agora «qualquer irregularidade» e adianta que irá apresentar queixa contra o vereador Francisco Vieira de Carvalho, por difamação: «As declarações absolutamente infelizes do vereador Francisco Vieira de Carvalho, porque inverdadeiras e injuriosas em relação Câmara Municipal da Maia, que atingem a honorabilidade da maioria que compõe o Executivo e o profissionalismo dos seus Funcionários, além de irem ser objeto de queixa ao Ministério Público, porque consubstanciam uma difamação clara, revelam que o citado vereador, cuja credibilidade pública é nula, na sua ânsia de protagonismo, não se coíbe, pelo seu comportamento irresponsável, de prejudicar não só a imagem da instituição Câmara Municipal da Maia como os superiores interesses do Concelho e das suas gentes, atitude já habitual, mas que urge por cobro, pelas vias à disposição num Estado de Direito Democrático.»

De relembrar que o vereador acusou a Câmara Municipal da Maia de cometer um crime público e de ter falsificado documentos.

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A BOLA falou com Francisco Vieira de Carvalho, autarca socialista, sobre o imbróglio do processo da academia portista; recurso ao tribunal só em última instância; primeira ação é convocar os seus pares para reunião urgente de Câmara; fala de falsificação de documentos e crime público.

Leia o comunicado na íntegra:

A Câmara Municipal da Maia desmente categoricamente que em relação à hasta pública realizada pelo Município de terrenos de sua propriedade que foram adquiridos pelo Futebol Clube do Porto para a construção da sua Academia, se tenha verificado qualquer irregularidade e muito menos qualquer ilegalidade, estando completamente disponível para fazer prova documental disso mesmo a qualquer entidade inspetiva ou judicial.

 Para a Câmara Municipal da Maia todas as notícias publicadas sobre essa matéria resultam de informações falsas prestadas por manifesta ignorância ou má-fé. E revelam, sobretudo, um profundo desconhecimento sobre as normas aplicáveis à publicação de anúncios de hastas públicas no Diário da República, regulada pela Portaria 318-A/2023, de 25 de outubro.

 As declarações absolutamente infelizes do vereador Francisco Vieira de Carvalho, porque inverdadeiras e injuriosas em relação Câmara Municipal da Maia, que atingem a honorabilidade da maioria que compõe o Executivo e o profissionalismo dos seus Funcionários, além de irem ser objeto de queixa ao Ministério Público, porque consubstanciam uma difamação clara, revelam que o citado vereador, cuja credibilidade pública é nula, na sua ânsia de protagonismo, não se coíbe, pelo seu comportamento irresponsável, de prejudicar não só a imagem da instituição Câmara Municipal da Maia como os superiores interesses do Concelho e das suas gentes, atitude já habitual, mas que urge por cobro, pelas vias à disposição num Estado de Direito Democrático.