Academia do FC Porto: segue-se a escritura

Câmara da Maia aprovou a passagem a definitivo do auto de arrematação dos terrenos vendidos em hasta pública ao FC Porto

Reunido extraordinariamente no dia 25 de abril, o executivo da Câmara Municipal da Maia aprovou a passagem em definitivo do auto de arrematação dos terrenos vendidos em hasta pública ao FC Porto, notificando o clube a pagar mais 15 por cento do valor global da operação, que totalizou os €3,4 milhões. No prazo de 90 dias será feita a escritura, sendo que neste momento não há obras no local, como frisou António Silva Tiago, autarca da Maia, uma vez que ainda não deu entrada nos serviços camarários o projeto de construção da academia de formação do FC Porto.

Na parcela de 9,3 hectares adquirida em parceria com a empresa de construção ABB já houve lugar à desmatação. A construtora solicitou à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) um estudo do terreno por parte de uma equipa técnicos de arqueologia para sinalizar os materiais pré-históricos de superfície já assinalados  nos levantamentos patrimoniais apresentados no âmbito do processo de revisão do PDM para aquele espaço.

A propósito deste tema, e na resposta a uma solicitação do Património Cultural, com base num parecer negativo da CCDRN, o FC Porto emitiu a 5 de abril último um comunicado. «A desmatação é uma condição essencial para, no âmbito do Pedido de Autorização para Trabalhos Arqueológicos (PATA), se avançar para os trabalhos arqueológicos e se cumprir todas as recomendações da Câmara Municipal da Maia e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte», indicou o FC Porto, prometendo «a seu tempo» dar  «conta da excelência da equipa de arqueólogos escolhidos para executar estes trabalhos.»