FC Porto: maratona de Nico passa por Aveiro?

Galeno não saiu do banco contra o Aves SAD e espanhol tornou-se o único jogador do plantel a participar nos 14 jogos realizados pelos dragões, até ao momento; jogo contra o Moreirense poderá colocar ponto final nesse ciclo... ou não

Galeno foi para o banco e dele não saiu na generosa goleada de 5-0 do FC Porto sobre o Aves SAD, fora de casa, e Nico González passou a ser o único jogador a participar em todas as partidas dos azuis e brancos, esta temporada. São 14 presenças do espanhol, que está a fazer um arranque de época excecional, com grandes atuações quer como falso número 10, a atuar nas costas de Samu, quer como parceiro preferencial de Alan Varela na dupla de pivôs do meio-campo.

Até que ponto Nico é imprescindível na estratégia de Vítor Bruno? Além dos três golos apontados ao Rio Ave (2-0), Arouca (4-0) e Aves SAD (5-0), o médio soma duas assistências e a sua versatilidade é um ponto forte do seu futebol. É também garantia de estabilidade no miolo quando a equipa fica sem bola, e se o adversário não a ceder a bem, Nico não hesita em acrescentar um pouco de agressividade. Não é, portanto, de espantar que tenha visto seis cartões amarelos entre Supertaça, Liga e Liga Europa.

Dito isto, em qualquer circunstância Nico é pedra basilar no plano de Vítor Bruno, mas o calendário apertado até ao clássico da Luz, contra o Benfica, a 10 de novembro, com três jogos pelo meio – Moreirense, Estoril e Lazio – podem impor descanso forçado do espanhol na partida diante do Moreirense, no Estádio Municipal de Aveiro. Desse conjunto de jogos, Nico concluiu oito, e noutro saiu aos 89’, o que é praticamente o mesmo.

Houve, por isso, o cuidado de dar ao jogador a possibilidade de gerir o esforço, mesmo estando sempre em ação. Por esse motivo, Nico não é o futebolista do plantel com mais minutos nas pernas: Diogo Costa está no topo, com 1200 minutos em 13 desafios, seguido de Alan Varela (13/1138). Só depois surge Nico.

Como se percebe desta amostra, também Alan Varela tem uma utilização intensiva. É o cérebro das operações no meio-campo. Frente a um Moreirense que não se encolhe perante nenhum adversário, e sem o Estádio do Dragão a puxar pela equipa, tirar os dois pode representar um risco acrescido para as aspirações do FC Porto na Taça da Liga.