Estrela encara Moreirense com novo ânimo: «Estamos mais fortes e temos mais opções»
Sérgio Vieira constata que os tricolores possuem atualmente armas de que na primeira volta não dispunham para enfrentar os cónegos; Miguel Lopes elogia o espírito de grupo e o papel do seu treinador
É com uma abordagem completamente distinta da que vivia no encontro referente à primeira volta da Liga, ante o Moreirense, que o Estrela da Amadora prepara a deslocação a Moreira de Cónegos, marcada para este domingo. Se, em novembro, os tricolores se apresentaram limitados nas suas escolhas e acabaram derrotados, pela margem mínima, com um golo sobre o final, uma volta passada o Estrela conta com mais opções disponíveis para o jogo, entre jogadores que na altura se encontravam lesionados e reforços de janeiro.
Setores como a baliza ou a defesa registam franca melhoria relativamente ao encontro disputado na Reboleira e Sérgio Vieira constatou esse facto na antevisão ao desafio que se segue, pela 28.ª jornada da Liga. «Essa apreciação é muito interessante porque reflete o que foi a realidade daquele momento e a realidade deste. Esperamos que sim, só vamos saber no final do jogo, mas os indicadores são disso e seguem esta lógica, de que estamos mais fortes e temos mais opções na baliza, na defesa, na frente…e isso para mim é positivo», refletiu.
O treinador do Estrela da Amadora analisou o momento da sua equipa no campeonato e lembrou que fatores como a consistência num ano de regresso à Liga não abundam. «Chegar à Liga e ser vencedor em casa e fora…às vezes acontece a equipas que vêm da Liga 2, mas há dois, três ou quatro anos já estavam na Liga, estruturalmente já estavam preparados para isso. No caso do Moreirense, tem tido estes triunfos, mas onde estava há três, quatro, cinco ou seis anos?», questionou, comparando realidades.
«Já tinha essas rotinas de Liga e quem está aqui dentro, quem é profissional de futebol, sabe que é diferente o profissionalismo e o rigor de alguém que já viveu isso há dois, três ou quatro anos de uma equipa que viveu isso há dez, há doze, há quinze ou há vinte e cinco, como apanhei no Famalicão ou no Farense. Foram clubes que, infelizmente, passaram muito tempo longe da elite e longe dessas rotinas. Ganhar fora é importante, mas acreditamos que o mais importante é conquistar os objetivos», atirou, realista.
Ao lado de Sérgio Vieira, Miguel Lopes comungou dessa ideia e analisou a temporada a nível coletivo, no que diz respeito à sua luta pela manutenção, e também individual. «Temos uma equipa – ou grupo de trabalho, como mais gosto de a chamar – estupenda. Temos jogadores de todas as idades, que se complementam dentro e fora de campo, falo sempre em família porque é o que sinto neste clube e esse complemento que temos tanto dentro de campo, como fora, baseiam-se nas relações diárias que temos», enalteceu, satisfeito.
«Acho que isso, em termos coletivos, é fantástico. Poderíamos ter muito mais pontos do que temos? Poderíamos, sabemos o que tínhamos de trabalhar para que tivéssemos mais pontos. O mister tenta corrigir-nos e mostrar-nos o caminho», assinala o experiente defensor e um dos capitães do emblema amadorense.