Estrela do West Ham revela fazer terapia por já «não gostar de futebol»
Michail Antonio confessou que estava «mentalmente esgotado» e já não sentia gosto em jogar futebol
Cada vez tem sido mais comum vermos jogadores profissionais a abrirem-se sobre questões de saúde mental e, agora, foi a vez de Michail Antonio. A estrela do West Ham foi convidado no podcast High Performance e, aqui, revelou que está a fazer terapia.
O motivo que levou o avançado jamaicano a procurar ajuda é o facto de ter deixado de «gostar de futebol». Antonio confessou que os problemas fora do campo foram a principal razão para ter ficado «mentalmente esgotado», chegando até a dmitir que tinha esperança de se lesionar para não ter de jogar.
«Comecei a não gostar do jogo. Comecei a fazer terapia porque estava a ter muitas dificuldades. Estava a passar pelo meu divórcio e outras coisas e, sinceramente, não conseguia parar de pensar no assunto. Depois de termos vencido [a Liga Conferência, em 2023], a equipa festejou, o treinador festejou, alguns rapazes não dormiram durante dois dias, ficaram bêbados... eu só fiquei a dormir no autocarro e voltei para o hotel», confessou Antonio.
«Comecei a fazer terapia porque estava a ter muitas dificuldades», revelou o jogador que, em seguida, confessou alguns estigmas que tinha: «pensava que era para pessoas loucas, mas a terapia mudou a minha vida. No início foi estranho. Estávamos sentados na sala e alguém dizia: 'Como estás?' A nossa resposta natural é 'Bem'. Mas depois perguntam 'Então, porque estás aqui?'».
«Sou uma pessoa que nunca chora e, quando estava a falar com ele [terapeuta], desatei a chorar. Foi incontrolável. Isso deu-me algum tipo de alívio. E depois senti o meu peito como se estivesse limpo», afirmou o avançado de 34 anos.
Antonio explicou que algumas experiências da sua infância fizeram com que, atualmente, não conseguisse confiar totalmente nas pessoas: «tive dificuldade em fazer amizades quando andava na escola primária. Pensava que tinha amigos, mas uns tipos roubaram uma bicicleta, juntaram-se e disseram que fui eu. Eu era amigo deles há três anos, ia para a escola todos os dias com eles... depois disso passei a desconfiar das pessoas».