Técnico dos canarinhos, Vasco Seabra, admite que a permanência está próxima, mas ainda há trabalho a fazer; aponta para as várias virtudes do Farense, adversário do qual espera muitas dificuldades
O Estádio de São Luís, em Faro, será palco de uma final pela manutenção na Liga: entre o Farense, décimo colocado, e o Estoril, 11.º, dista apenas um ponto – os algarvios somam 34 e os canarinhos 33, e se algum dos conjuntos vencer o encontro, marcado para as 15.30 horas deste domingo, garantirá automaticamente a permanência.
No Estoril, desta forma, a partida é preparada de forma pormenorizada e Vasco Seabra aguarda um Farense «muito difícil de bater» nesse importante confronto, válido pela 32.ª jornada do campeonato. «Acredito que serão duas equipas muito ambiciosas, a querer lutar pelos pontos. Sabemos que três pontos nos levam para o patamar que pretendemos (ndr: a manutenção)», assumiu o treinador, na conferência de antevisão ao encontro.
«Por isso, sabemos que vamos ter pela frente uma equipa muito difícil de bater. O Farense é uma equipa fortíssima em transição, que tem também uma solidariedade muito grande em termos coletivos. É uma equipa que defende com qualidade, muita agressividade também e nunca concede muitas oportunidades de golo, tem uma saída para o ataque muito forte e também muito forte em termos de bola parada», analisou, em detalhe.
«Sabemos que são várias as armas que o Farense tem e estamos preparados para combatê-las. Para nós, a manutenção continua exatamente igual ao que estava na semana passada. Temos mesmo de ser muito focados, muito capazes de continuar a lutar e a trabalhar muito», determinou, apontando aos seus jogadores a responsabilidade, mas também o mérito do bom trabalho realizado pela equipa ao longo da época.
«Temos de estar no nosso máximo, no nosso limite, não darmos nada ao adversário. O segredo de todos os momentos que tivemos, tantos nos momentos melhores como nos menos bons, tem estado sempre neles e no que é a forma de eles acreditarem», apontou, agradado com a resposta e capacidade dos seus atletas e antes de abordar os rumores que o apontam ao comando da seleção da Coreia do Sul.
«Fico muito feliz quando os jogadores são associados a outros clubes, porque o trabalho deles é meritório para que sejam associados a novos clubes e o meu trabalho vem com o trabalho dos jogadores. Por isso, naturalmente ser associado a uma seleção como a da Coreia do Sul é fantástico, mas mais importante que isso é o que temos ainda para fazer e o que queremos fazer no Estoril», afirmou, comprometido com o projeto no qual se encontra.
Trabalho do treinador dos 'canarinhos' tem sido estudado pela federação da Coreia do Sul, que procura novo selecionador; não existiram contactos e o técnico detém mais um ano de contrato na Amoreira