Estoril: Finn com novas perspetivas... como central
Ainda não integrou qualquer convocatória do Estoril para jogos a contar para a Liga, mas tem trabalhado no eixo da defesa e poderá vir a somar minutos nessa posição
Os vários acontecimentos que marcaram as últimas semanas no Estoril, desde a mudança ao nível do sistema tático, a mudança de treinador e ainda um par de lesões levam a que algumas das perspetivas no plantel tenham mudado… ou, pelo menos, levem a possíveis novas oportunidades – poderá vir a ser esse o caso de Finn Dicke.
O jovem neerlandês de 18 anos passou, num ápice, de primeira escolha no início da época para ausente dos convocados, tendo sido o principal penalizado pela intervenção dos canarinhos em agosto, mês no qual chegaram todos os reforços para o meio-campo, como Jordan Holsgrove, Mateus Fernandes, Koba Koindredi e Alex Soares, que ganharam preponderância nas escolhas da(s) equipa(s) técnica(s).
Até à chegada dos reforços, Finn segurou o barco e com resultados de referência, com o Estoril a vencer os dois jogos oficiais que realizou, ambos pelas eliminatórias da Taça da Liga e com dois jogos como visitado em duas semanas consecutivas, frente a Paços de Ferreira e Belenenses. Nesse par de partidas, o jovem atleta mostrou bons predicados, mas saiu das opções não por força do rendimento, mas sim pela imensidão de opções à escolha do treinador.
O médio defensivo continuou a trabalhar sem limitações, mas viu-se afastado das convocatórias de todos os encontros a contar para a Liga em função da titularidade de Holsgrove e da presença de Koindredi e Alex Soares como soluções alternativas.
Passadas algumas semanas, Álvaro Pacheco decidiu mudar o sistema tático, passando os canarinhos a atuar em 3x4x3, o que acentuou ainda mais as dificuldades de Finn em alcançar um lugar nos eleitos para jogos oficiais.
A mudança técnica que se verificou não trouxe alterações à situação do atleta natural dos Países Baixos, dado que Vasco Seabra continuou a implementar o sistema de três defesas, até que as lesões de Erick Cabaco (que enfrenta uma longa recuperação e poderá ter terminado a época de forma precoce) e Eliaquim Mangala (que há mês e meio procura recuperar de um problema de fadiga muscular) podem ter trazido esperanças a Finn…numa mudança de posição e de funções.
Finn Dicke possui características que lhe permitem jogar como defesa central e no caso do neerlandês, não se trata de uma adaptação mas sim de um regresso a um lugar que há algum tempo não pisa, dado ter chegado à Amoreira no início da época transata referenciado para jogar como central ou médio defensivo, depressa se percebendo que seria a posição 6 a sua pele predileta… mas não a única, pelo que, dadas as circunstâncias e o reduzidíssimo espaço de progressão na equipa como médio, tenha passado a ser encarado com outros olhos.
Finn, assim como o lateral direito Raúl Parra – como A BOLA informou há cerca de uma semana – vêm treinando no eixo defensivo, constituindo assim mais duas opções de reserva para dar cobertura a Volnei, Bernardo Vital e Pedro Álvaro, que têm formado trio na defesa estorilista e cumprido os últimos encontros sem alternativas naturais para a sua substituição.
Desta forma, o jovem promovido no início da época desde a equipa sub23 – 26 jogos e quatro golos marcados, entre Liga Revelação e Taça Revelação, em 22/23 - pode ver aumentadas as suas aspirações em voltar a competir, quem sabe pela Taça de Portugal, na próxima semana, quando o Estoril defrontar o Sintrense, que milita no Campeonato de Portugal, na manhã de domingo, dia 22.